A polícia do estado de Minnesota confirmou ter encontrado panfletos contra Donald Trump no carro do atirador que matou uma deputada estadual e o marido dela neste sábado (14). Os investigadores também localizaram uma lista que, além das vítimas, incluía dezenas de outros.
A deputada Melissa Hortman e o marido dela, Mark Hortman, foram mortos a tiros por Vance Boelter, que invadiu a residência do casal durante a madrugada. Ele se passou por um policial.
Pouco tempo antes, Boelter também havia atirado contra o senador estadual John Hoffman e a mulher dele, Yvette Thompson. O casal sobreviveu ao ataque e permanece internado em estado estável.
O atirador conseguiu fugir. As autoridades estaduais ofereceram uma recompensa por pistas que levem a Boelter.
“No Kings” é lema de protestos contra Trump
Com o lema de “No Kings” (“Sem Reis”), grupos de esquerda organizaram atos em todo o país neste sábado. A frase foi encontrada em panfletos dentro do carro do atirador.
Christina Bogojevic, chefe da Patrulha Estadual de Minnesota, confirmou a informação durante uma entrevista coletiva neste sábado. Ela também recomendou que os cidadãos do estado não comparecessem aos atos contra Donald Trump, como uma medida de precaução.
Os investigadores ainda tentam entender as motivações de Boelter. Ele tem um histórico de ligação com o partido Democrata. Em 2016, Boelter foi indicado como um dos integrantes do Conselho de Desenvolvimento da Força de Trabalho do estado. Em 2019, foi reconduzido ao posto. Em ambos os casos, o estado de Minnesota era governado por um democrata.
A emissora CNN informou que a lista de alvos do atirador tinha aproximadamente 70 nomes, inclusive o governador Tim Walz e parlamentares estaduais.
O superintendente do Escritório de Captura de Criminosos de Minnesota, Drew Evans, evitou dar detalhes sobre a lista encontrada no carro de Boelter. “O que eu diria sobre a lista é que há um grande número de pessoas. Isso é tudo que posso dizer sobre isso”, afirmou.
O FBI está participando da caçada a Vance Boelter ao lado dos órgãos estaduais de segurança.
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Fonte: Gazeta