Paciente com Deficiência foi internado no último dia 10 de maio no Hospital Pronto Socorro, inaugurado há um ano na av. Augusto Montenegro. Defensoria Pública obteve decisão na justiça para transferência, que ainda não ocorreu. bebê de 5 meses precisa de leito em Belém
Arquivo pessoal
Uma família aguarda, há dez dias, a transferência de um bebê de cinco meses para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Belém, onde ele precisa passar por cirurgia considerada delicada no coração. Paciente com síndrome de Down, a criança está há 17 dias internado no Pronto-Socorro Doutor Roberto Macedo, inaugurado há um ano na av. Augusto Montenegro, na capital paraense.
A Defensoria Pública do Estado (DPE) entrou com uma ação na Justiça, e obteve decisão no último dia 21 de maio para que o Estado e realizasse a transferência da criança, mas até a tarde desta terça-feira (27) a ordem judicial ainda não havia sido cumprida.
O g1 pediu posicionamento da Secretaria de Saúde Pública (Sespa), mas ainda não havia obtido resposta até a publicação da reportagem.
Pronto-Socorro Doutor Roberto Macedo, na av. Augusto Montenegro, em Belém.
Marcelo Lelis / Ag. Pará
Segundo o relatório médico, a criança nasceu com síndrome de Down, sofre de malformação congênita e está internado na unidade de pronto-socorro em que não há unidade pediátrica específica para o caso dele.
Segundo o defensor público Carlos Eduardo Barros, que acompanha a família, o Estado está ciente da decisão desde o dia 22 de maio, inclusive sobre o quadro de saúde do bebê, considerado crítico e cada vez mais debilitado.
“A família está desesperada. Mesmo o Estado sabendo do quadro e da obrigação de fornecer o leito, ainda não cumpriu com o que foi decidido pela Vara da Infância. Um claro desrespeito com as nossas crianças”, afirmou.
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Etapas dos pedidos da família
O bebê nasceu em 23 de dezembro de 2024.
Foi hospitalizado no dia 18 de março com sintomas de pneumonia. Melhorou, porém perdeu peso e com isso precisou ser entubado para conseguir respirar.
Em 19 de maio, a família descobriu que o bebê sofre de cardiopatia grave e que há a necessidade de uma cirurgia urgente.
No laudo, o médico sinalizou que ele fosse transferido para o Hospital de Clínicas Gaspar Viana, em Belém.
No dia 21, a família decidiu recorrer à Justiça para tentar acelerar a disponibilidade do leito.
Ainda no dia 21, a 1ª Vara de Infância e Juventude de Belém determinou que o Estado e o Município transferissem a criança, sob multa de R$ 50 mil por dia de atraso.
Até a publicação desta reportagem, a criança seguia entubado no hospital, sem previsão de leito e, menos, da cirurgia.
O Núcleo de Atendimento Especializado da Criança e do Adolescente (Naeca) informou, segundo a mãe da criança, que defensores estão em contato com hospitais privados para apresentar orçamentos de internação à Juiza, pedido dela na determinação. A preocupação da família aumentou, pois o quadro de saúde da criança é crítico.
“Se logo de início tivessem transferido o meu filho, ele já teria feito a cirurgia e já estaria bem”, afirmou a mãe.
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Fonte: O Liberal
