Policial militar acusado de matar advogado é levado ao Tribunal do Júri, em Belém
O julgamento de Rossicley Ribeiro da Silva, policial militar acusado de mandar matar o advogado Arnaldo Lopes de Paula em 2017, teve início nesta quarta-feira (3), em Belém, com depoimento da viúva apontando a motivação do crime.
O júri teve início às 8h30, no Fórum Criminal de Belém, no bairro da Cidade Velha. A primeira testemunha a depor foi Kássia Brunelly Ferreira de Paula, esposa do advogado.
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Em seu depoimento, a mulher apontou Rossicley como o mandante do crime, motivado por uma disputa pelo comando da Associação dos Praças da Polícia Militar do Pará (Aspra), fundada pelos dois com divisão igual dos lucros.
Disputa motivou crime
De acordo com as investigações, a tensão aumentou quando Arnaldo passou a ocupar o cargo de interventor na Aspra, o que teria gerado a rivalidade fatal.
Durante o julgamento, que já mobiliza familiares, amigos e advogados no plenário do Fórum, serão ouvidas 11 testemunhas.
Cinco delas foram arroladas pela Promotoria do Júri para a acusação. Rossicley é o terceiro dos quatro acusados a sentar no banco dos réus.
Advogado Arnaldo Lopes de Paula.
Reprodução/Tv Liberal
Os acusados
Em 2023, o ex-PM Marçal Monteiro de Azevedo foi condenado a 18 anos e 6 meses por homicídio qualificado, enquanto Jonny Kleiber Almeida recebeu pena de quase 4 anos como coautor do crime.
O policial Roosevelt de Nazaré Silva está preso e aguarda julgamento. Rossicley está detido desde março de 2021 no Batalhão Especial para Policiais Presos Provisórios. Se condenado, pode perder o cargo e cumprir pena em outro presídio.
O crime
O assassinato ocorreu em dezembro de 2017, no bairro do Jurunas, quando Arnaldo saiu da casa de parentes e foi atingido por cinco tiros. Ele chegou a ser socorrido e ficou internado por três dias, mas não resistiu aos ferimentos.
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Fonte: O Liberal
