O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta segunda-feira (25) que o Supremo Tribunal Federal (STF) persegue políticos de direita e defendeu anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu quero um Brasil pacificado. Nós precisamos pacificar o Brasil, já demos anistia para assassinos, para sequestradores, e agora não vamos dar anistia nesse caso?”, disse no programa Roda Viva, da TV Cultura.
Ele reforçou a acusação de perseguição. “Onde estão os presos do Mensalão e do Petrolão? Estão todos soltos porque são da esquerda”, afirmou.
O governador negou divisão entre lideranças conservadoras. “Não há divisão, inclusive há cerca de 30 dias atrás eu fui a Brasília para uma série de compromissos, dentre eles, encontrar com o presidente Bolsonaro.”
Zema também citou o impasse sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para criticar o Judiciário. “Temos que resolver a questão de um Congresso que decide, representando o povo, e um STF que muitas vezes toma outra direção.”
Zema projeta união da direita no 2º turno em 2026
A pré-candidatura de Zema à Presidência foi lançada em 16 de agosto. Segundo o governador mineiro, Bolsonaro reagiu positivamente e afirmou que “quanto mais candidatos à direita, melhor”.
Zema citou também Ronaldo Caiado (União Brasil). Ele disse que candidaturas múltiplas podem fortalecer o campo conservador no segundo turno.
“Em Minas, a minha candidatura trará mais votos para a direita e isso pode acontecer em outros estados. A direita estará unida no 2º turno”, afirmou.
As falas de Zema ocorreram após críticas de Carlos Bolsonaro (PL). O vereador do Rio de Janeiro chamou governadores de direita de “ratos” e “oportunistas” no dia seguinte ao anúncio da candidatura mineira.
Zema respondeu. “Infelizes e feitas no calor do momento, respondendo ao pai em processo”, declarou. Ele também expressou solidariedade. “Nós, de direita, estamos muito cientes de que isso foi feito num momento em que a pressão está muito grande.”
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Fonte: Gazeta