O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), divergiu da maioria e votou contra a condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por porte ilegal de arma de fogo. O julgamento no Supremo foi retomado nesta sexta-feira (15), após ter sido suspenso em março para análise do ministro. Zambelli nega as acusações. A defesa alega cerceamento do direito de defesa no processo.
O processo contra Zambelli envolve acusações por ato ocorrido na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando a parlamentar perseguiu o jornalista Luan Araújo em São Paulo empunhando uma arma. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Zambelli em agosto de 2023 pelos crimes de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com uso da arma.
A maioria dos ministros do STF — Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e o relator Gilmar Mendes — manifestou-se a favor da condenação. A pena sugerida é de cinco anos e três meses em regime semiaberto, além da perda do mandato parlamentar e do cancelamento do porte de arma de Zambelli.
Carla Zambelli segue detida em Roma
A deputada está detida em Roma desde 29 de julho. Ela foi presa ao tentar evitar a execução de um mandado emitido por Alexandre de Moraes no âmbito do processo sobre a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com dupla cidadania, Zambelli deixou o Brasil em maio e solicitou asilo político na Itália. A Justiça italiana ainda avalia o pedido de extradição feito pelo Brasil.
Fonte: Gazeta