O presidente da Argentina, Javier Milei, recebe nesta segunda-feira (28), a secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, em mais uma visita promovida pela administração do presidente Donald Trump. A chegada da representante americana reforça o alinhamento político entre Washington e Buenos Aires na nova configuração geopolítica do continente.
A previsão é que Noem desembarque na Argentina no domingo (27) e se reúna com Milei às 11h (horário local) de segunda-feira, na Casa Rosada. O retorno da comitiva aos Estados Unidos está agendado para terça-feira (29).
Além do encontro com o presidente argentino — a quem conheceu pessoalmente em abril, durante visita de Milei a Mar-a-Lago, na Flórida —, Noem também deve dialogar com a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich.
Bullrich, por sua vez, tinha planejado uma viagem aos Estados Unidos ainda este ano para uma agenda com a secretária americana, mas precisou cancelar os compromissos em razão do falecimento do papa Francisco, que mobilizou a comitiva presidencial ao Vaticano para a cerimônia de despedida.
Reconhecidas por suas posturas firmes na área de segurança pública, especialmente no controle de fronteiras e no combate à imigração ilegal, tanto Noem quanto Bullrich se consolidaram como vozes influentes dentro de seus respectivos governos.
A presença da secretária americana se soma a uma sequência de visitas oficiais promovidas por nomes estratégicos da equipe de Trump à Argentina. Em abril, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o comandante do Comando Sul dos EUA, Alvin Holsey, estiveram no país. Já em maio, foi a vez do secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., reforçar os laços bilaterais.
O novo encontro com Milei ocorre dias após a repercussão provocada pelas declarações de Peter Lamelas, indicado para a embaixada americana em Buenos Aires. Em sabatina no Senado dos EUA, Lamelas afirmou que seus principais objetivos como diplomata serão “apoiar” o governo Milei nas eleições legislativas de outubro, combater a corrupção e conter a crescente influência chinesa nas províncias argentinas.
Fonte: Gazeta
