O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes repreendeu o advogado Jeffrey Chiquini, defensor do ex-assessor presidencial Filipe Martins e do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, réus em ações penais relacionadas à investigação da suposta “trama golpista” do 8 de janeiro.
O episódio ocorreu nesta segunda-feira (14), durante o início da oitiva do tenente-coronel Mauro Cid, que presta depoimento como informante após firmar acordo de delação premiada e foi relatado pelo O Globo.
Advogado questionou volume de informações para analisar
Chiquini questionou a grande quantidade de material disponibilizado às defesas na semana passada, alegando que não teria tido tempo suficiente para analisar todos os documentos.
Em declação exclusiva para a Gazeta do Povo, Chiquini detalhou o ocorrido. “O ministro saiu em defesa de Mauro Cid, após Cid ser confrontado e desmascarado por mim, quando expus suas mentiras. Cid destruiu a farsa acusatória e acho que isso foi um incomodo para a acusação”.
O ministro Moraes, no entanto, não tolerou a insistência e cortou o advogado: “Enquanto eu falo, o senhor fica quieto. Não vamos tumultuar, doutor”.
Em outro momento, ao ser questionado sobre a inclusão de Filipe Martins em um dos núcleos da denúncia, Moraes ironizou: “Não é o senhor que vai ditar se a PGR deve denunciar seu cliente no núcleo um, dois ou três. O senhor deveria ter prestado concurso para o Ministério Público”.
Fonte: Gazeta