Parlamentares do Centrão conseguiram incluir na pauta de votação da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (17) uma emenda aglutinativa à PEC da Imunidade (3/21) que permite votação secreta em análises para autorizar abertura de processo criminal contra deputados e senadores nas duas casas do parlamento.
A proposta havia sido derrubada em votação no dia anterior, mas a manobra foi autorizada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A previsão de votação secreta já existia no relatório do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), mas um destaque do Partido Novo foi aprovado e retirou esse item.
Lindbergh ameaça ir ao STF contra emenda na PEC da Imunidade
Durante a discussão do tema, o deputado Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, rebateu a decisão de Hugo Motta e ameaçou recorrer a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao que, de pronto, Motta rebateu: “É um direito de vossa excelência de ir ao Supremo, como vossa excelência faz quase que diariamente”.
A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) também disse que iria recorrer da decisão de Motta. “Senti orgulho dessa Casa quando dissemos não ao voto secreto, agora subserviência e cabresto para votar em determinada agenda está errado. (…) e quando chego hoje e vejo um movimento em que tudo se justifica, me dá vergonha de novo. Presidente de partido ter foro privilegiado é uma vergonha, ao invés de reduzirmos o foro privilegiado estamos aumentando o foro”, afirmou. PSOL também informou que entrará na justiça contra a inclusão.
Fonte: Gazeta