O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), usou o seu discurso neste domingo (7), durante a manifestação da direita na Avenida Paulista, para cobrar que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), paute o projeto da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. Além disso, Freitas afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo julgado por “um crime que não existiu” e mandou recados ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Presidente da Câmara nenhum pode conter a vontade da maioria do plenário. Pode conter a vontade de mais de 350 parlamentares. Então, Hugo, paute a anistia. Deixa a Câmara decidir. E eu tenho certeza que ele vai fazer isso, porque trazer a anistia para a pauta é trazer a justiça, é resgatar o país. Não podemos nos afastar do Império da Lei”, disse Tarcísio de Freitas.
O governador paulista esteve em Brasília durante a primeira semana do julgamento do ex-presidente Bolsonaro no STF para pressionar Hugo Motta em relação ao projeto da anistia. Agora, a expectativa da oposição é de que a proposta seja colocada em votação após a eventual condenação de Bolsonaro no caso da suposta tentativa de golpe de Estado.
Ainda durante o seu discurso na Paulista, Tarcísio afirmou que o ex-presidente Bolsonaro poderá ser condenado pelo STF nesta semana sem nenhuma prova. Disse ainda que a delação de Mauro Cid ocorreu sob coação.
“Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega! Não vamos aceitar que nenhum ditador diga o que temos que fazer. Se toda a trama, todo o enredo, toda a narrativa foi construída em cima de uma delação mentirosa, se não tem uma ordem, se não tem um texto, se não tem um áudio vinculando Bolsonaro ao 8 de janeiro, não tem nada que o ligue. É tudo muito frágil, muito tênue. Como que nós vamos admitir uma condenação?”, questionou o governador.
Ao concluir a sua fala, Tarcísio mandou recados ao ministro Alexandre de Moraes, afirmando que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes.” “Nós vamos lutar para que a arbitrariedade tenha fim. Eu tenho certeza que em pouco tempo a gente vai restabelecer a ordem nesse país”, disse Freitas.
Fonte: Gazeta