O ministro Alexandre de Moraes pediu nesta sexta-feira (5) a realização de duas sessões extras para o julgamento da ação penal que investiga a suposta trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) e outros sete aliados.
O pedido foi feito ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de garantir a conclusão do julgamento na semana seguinte, evitando prolongamento para outra data. Zanin concordou com a solicitação.
As sessões para julgar Bolsonaro e os demais réus já estavam marcadas para terça-feira (9), quarta-feira (10), pela manhã, e sexta-feira (12), manhã e tarde. A solicitação de Moraes incluirá duas sessões adicionais na quinta-feira (11), data originalmente reservada para uma sessão plenária, que foi cancelada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Pela manhã, a sessão será realizada das 9 às 12 horas, e, à tarde, das 14 às 19 horas.
O julgamento foi iniciado na terça-feira (2), com apresentação do relatório por Alexandre de Moraes e a leitura da denúncia pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. As defesas dos réus fizeram sustentações orais nas sessões de terça e quarta-feira.
Após as sustentações, Moraes irá proferir seu voto como relator, seguido pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Caso o pedido de sessão extraordinária seja aceito, o julgamento poderá ser finalizado até o fim da semana, cumprindo o cronograma pretendido pelo ministro-relator.
Além de Jair Bolsonaro, são réus Alexandre Ramagem (PL-RJ), Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Os acusados respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Alexandre Ramagem, atual deputado federal, teve parte das acusações suspensas; responde pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.
Fonte: Gazeta