A Advocacia-Geral da União (AGU) requisitou à Polícia Federal (PF), na tarde desta segunda-feira (25), a instauração de um inquérito para investigar a disseminação de notícias falsas sobre o Banco do Brasil. A solicitação seguiu o encaminhamento de uma notícia-crime apresentada pelo próprio banco à AGU.
Publicações em redes sociais incentivavam a retirada em massa de recursos da instituição, configurando risco de corrida bancária e ameaça à estabilidade financeira nacional.
As mensagens falsas recomendavam saques e a venda de ações do banco, alegando que a instituição estaria à beira da falência devido a supostas sanções relacionadas à Lei Magnitsky.
A lei americana prevê sanções como bloqueio de contas e ativos e foi aplicada contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O Banco do Brasil é o responsável pelo pagamento de salários aos magistrados da Corte.
Informações podem gerar caos no sistema financeiro, diz AGU
Em nota, a AGU expressou preocupação e afirmou que as informações falsas visam pressionar agentes financeiros e gerar caos no Sistema Financeiro Nacional. Segundo o órgão, trata-se de uma ação coordenada para causar pânico na população.
O Banco do Brasil denunciou a possível ocorrência de crimes contra a soberania nacional, o Estado Democrático de Direito e o Sistema Financeiro Nacional. A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), unidade da AGU, está apurando a materialidade e a autoria das publicações.
“Desde 19 de agosto de 2025, diversos perfis em redes sociais passaram a veicular notícias falsas envolvendo agentes do sistema financeiro nacional, em especial o Banco do Brasil, em reação ao posicionamento institucional sobre as sanções impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América, por meio da OFAC (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, na sigla em inglês), com base na chamada Lei Magnitsky”, escreveu a PNDD, citado pelo R7.
De acordo com o Banco do Brasil há um movimento de desinformação e pressão contra a instituição e a presidente Tarciana Medeiros. “Ameaças direcionadas a minar recursos institucionalizados no Banco do Brasil, por intermédio da disseminação de fake news quanto à existência de sanções estrangeiras ou bloqueio de ativos de magistrados da Suprema Corte, comprometem a estabilidade da ordem econômica, financeira e social; comprometem o desenvolvimento econômico equilibrado do país”, indica a instituição, em petição.
Fonte: Gazeta