O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a sinalizar nesta quinta (21) que pode disputar a reeleição em 2026, afirmação que se soma às recentes reuniões com partidos que participam parcialmente da base aliada e que ele tenta manter próximos para a próxima eleição.
A declaração foi dada horas depois da divulgação de uma nova rodada da pesquisa Quaest que o mostra descolado à frente dos demais possíveis candidatos da oposição, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), de São Paulo.
“Se preparem para a seguinte questão: um mandato do Lula incomodou muita gente, dois mandatos incomodou (sic) muito mais, três mandatos muito muito mais. Imagina se tiver um quarto mandato como é que vão ficar incomodados”, afirmou Lula durante um evento mais cedo em Sorocaba (SP) para a entrega de 400 unidades odontológicas móveis (veja trecho).
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Ainda durante a cerimônia Lula cobrou as pessoas presentes a realizarem mais atividades cotidianas a pé em vez de carro, e desafiou a subirem com ele correndo a rampa do Palácio do Planalto.
“Porque, daqui a pouco, você está entrevado em uma cama, e não serve para nada. Então, eu não quero me entrevar. Qualquer dia vou subir a rampa do Palácio do Planalto correndo pra ver quem é que vai me acompanhar”, disparou.
A nova rodada da Quaest divulgada mais cedo apontou que Lula venceria todos os demais possíveis candidatos da oposição em segundo turno, ampliando a distância na comparação com pesquisas anteriores. Até então, ele estava empatado na margem de erro.
Para o pesquisador Felipe Nunes, CEO da Quaest, este avanço se deu por conta da reação ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil. Na visão dele, os governadores que se associaram a Bolsonaro tiveram a imagem desgastada por causa dos impactos da taxação à economia nacional.
“Lula abriu uma vantagem ainda maior entre julho e agosto: dobrou, passou de 6 para 12 pontos [em relação a Bolsonaro]. Esse resultado reforça o mal desempenho de Bolsonaro diante do tarifaço”, explicou.
Fonte: Gazeta