O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar desde 4 de agosto, será submetido a uma série de exames médicos neste sábado (16) no hospital DF Star, em Brasília. De acordo com familiares e aliados, ele voltou a apresentar crises de soluços e episódios de falta de ar nos últimos dias. O quadro clínico é associado a uma esofagite decorrente de um procedimento realizado no abdômen em abril.
Um dos médicos que acompanha sua recuperação relatou que Bolsonaro chegou a ter dificuldades para completar frases na última quarta-feira (13), devido à dispneia (falta de ar). Recentemente o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho mais velho, confirmou que a saúde do pai apresentou piora nos últimos dias.
Na manhã deste sábado, um grupo de apoiadores do ex-presidente se reuniu em frente ao hospital e fez orações pela recuperação da sua saúde. O grupo também trouxe bandeiras com críticas ao governo Lula e pedidos de apoio do governo americano em relação à democracia brasileira.
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Como mostrado pela Gazeta do Povo, Bolsonaro pode ter seu quadro de saúde agravado pelas restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo as determinações, o ex-presidente deve apresentar com pelo menos 24 horas de antecedência qualquer solicitação para consultas médicas fora de casa.
Em entrevista ao jornal, o cirurgião Cláudio Birolini, médico do ex-mandatário, afirmou que as exigências determinadas pelo magistrado dificultam o trabalho da equipe, justamente por demandarem autorização prévia. Ele também destacou que, além das questões físicas, a saúde psicológica do ex-presidente pode contribuir para o agravamento do quadro clínico.
O deslocamento ao hospital, neste sábado, para a bateria de exames demandou autorização prévia de Moraes. Antes disso, o ministro já havia permitido que os médicos indicados por Bolsonaro o acompanhassem em casa sem necessidade de comunicação prévia ao STF, desde que respeitadas as medidas cautelares. Ele também ressaltou que, em caso de internação urgente, haverá respaldo judicial, desde que o fato seja comunicado em até 24 horas depois do ocorrido, com a devida comprovação médica.
Desde que foi esfaqueado em 2018, o ex-presidente tem passado por diversas internações e procedimentos médicos complexos. Seu último diagnóstico apontou intensa esofagite, gastrite moderada, refluxo gastroesofágico e hérnia de hiato. Além disso, exames identificaram gastroparesia (retardo no esvaziamento gástrico), alterações hepáticas e pressão arterial elevada.
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Fonte: Gazeta