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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (13) que a revogação de vistos de ex-funcionários do governo Dilma Rousseff (PT) que atuaram no programa Mais Médico mostra “compromisso” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em “conter e punir regimes autoritários”.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou que funcionários e ex-funcionários do governo petista que atuaram para enriquecer o “corrupto regime cubano” por meio do programa terão os vistos revogados. A medida também atinge ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Eduardo cumpre agenda em Washington nesta quarta (13) para articular novas sanções contra autoridades brasileiras. Ele disse considerar a ordem de Rubio um “um recado inequívoco” de que os integrantes dos Três Poderes da República não estão “imunes” às restrições dos Estados Unidos.
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“A medida é também um recado inequívoco: nem ministros, nem burocratas dos escalões inferiores, nem seus familiares estão imunes. Mais cedo ou mais tarde, todos os que contribuírem para sustentar esses regimes responderão pelo que fizeram — e não haverá lugar para se esconder. Seguiremos com nossas agendas em Washington DC ao longo da quinta-feira”, acrescentou o parlamentar.
Em nota, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O anúncio feito hoje pelo secretário de Estado Marco Rubio, de origem cubana, de sanções contra financiadores da ditadura comunista cubana travestidos de programas governamentais reforça o compromisso da administração Trump em conter e punir regimes autoritários, como os de Cuba e os que Moraes e Lula tentam transformar o Brasil, para que não espalhem seu alcance pelo continente impunemente”, afirmou o deputado no X.
Segundo Rubio, os funcionários sancionados “foram responsáveis ou envolvidos na cumplicidade do esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano, que explora trabalhadores médicos cubanos por meio de trabalho forçado”.
Ex-funcionários do governo Dilma que perderam vistos
Rubio afirmou que o Mais Médicos “foi um golpe diplomático inconcebível de ‘missões médicas’ estrangeiras”, por isso revogou os vistos de ex-integrantes do Ministério da Saúde da ex-presidente Dilma Rousseff. Em nota, o Departamento de Estado informou que entre os sancionados estão Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman.
Sales é secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde e no governo Dilma foi chefe de gabinete e secretário Nacional da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde da pasta. Já Kleiman foi diretor do Departamento de Relações Internacionais do Ministério da Saúde na gestão Dilma. Ele também atuou como diretor de Relações Institucionais e Parcerias da Secretaria Extraordinária para a COP 30, do governo Lula (PT), entre abril e dezembro de 2024.
Atualmente, é coordenador-geral para a COP 30 da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), entidade intergovernamental da qual fazem parte os governos de países que têm floresta amazônica em seus territórios.
A primeira versão desta matéria afirmava que Kleiman ainda era o coordenador-geral para a COP 30, mas ele deixou o cargo em 2024. A informação foi corrigida. Pedimos desculpas pelo erro.
Corrigido em 13/08/2025 às 22:45
Fonte: Gazeta