O Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou, na última sexta-feira (1º), durante seu 17º Encontro Nacional, uma carta solicitando ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a suspensão das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu. O documento expressa solidariedade ao povo palestino e condena a violência na Faixa de Gaza.
Intitulada “Em defesa do povo palestino”, a carta enfatiza o alto número de vítimas civis palestinas, com destaque para crianças, e relembra a declaração de Lula em junho, quando o presidente classificou os eventos na região como “um genocídio premeditado”. Apesar da posição pública de Lula, o texto critica a manutenção dos laços econômicos entre Brasil e Israel e defende um rompimento.
A carta aponta que “o governo de Benjamin Netanyahu é acusado de crimes de guerra até por ex-embaixadores e ex-primeiros-ministros israelenses”, e que os crimes agora incluem “assassinar civis desarmados e famintos, que buscam auxílio humanitário e recebem balas e bombas”.
O documento do PT também faz menção a uma nota do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), emitida em junho, que já havia preconizado a suspensão das relações diplomáticas com Israel.
Recentemente, o governo Lula decidiu aderir formalmente à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em que o país africano acusa o governo israelense de cometer genocídio contra a população palestina em Gaza. O anúncio foi feito pelo chanceler Mauro Vieira, em entrevista à emissora Al-Jazeera.
“Os últimos desdobramentos da guerra nos levaram à decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, afirmou Vieira, ao justificar a medida.
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Fonte: Gazeta