O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu o recado de Donald Trump nesta sexta-feira (1º) dizendo que o Brasil sempre esteve aberto ao diálogo com os Estados Unidos.
Lula respondeu a uma afirmação de Trump, feita durante conversa com a imprensa em Washington, de que bastaria o presidente do Brasil ligar para ele, que ele atenderia para conversarem sobre o tarifaço de 50% imposto ao país que começa a valer na próxima quinta-feira (7).
Nas redes sociais, Lula manteve o tom elevado. “Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”.
Ausência de liderança direta nas negociações do tarifaço
Apesar da gravidade da situação, Lula ainda não estabeleceu contato telefônico com Donald Trump, e as negociações ocorrem mais nos bastidores, por intermédio do vice-presidente Geraldo Alckmin (PDB-SP), de senadores que viajaram aos Estados Unidos, de empresários americanos e brasileiros e de outros ministros.
Também nesta sexta-feira (1º) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que deve ter uma reunião de alto nível com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent. “É importante fazer esta reunião antes dos presidentes conversarem”, avaliou o ministro.
É uma corrida contra o tempo. Na semana que vem também passam a valer as novas tarifas de 50% que atingem aproximadamente 55% das exportações brasileiras aos Estados Unidos. A nova tarifa não será aplicada para cerca de 700 produtos brasileiros, entre eles, suco e polpa de laranja e aeronaves civis.
Fonte: Gazeta