O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por, pelo que considera, postura de “defesa intransigente” ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O senador, em entrevista ao portal Metrópoles, questionou quando Alcolumbre deixaria de apoiar o ministro, independentemente dos motivos, e enfatizou o papel institucional do presidente do Senado na condução de temas sensíveis.
Flávio Bolsonaro destacou que o pedido de impeachment que protocolou contra Alexandre de Moraes, na quarta-feira (23), merece atenção do Senado. No documento, ele acusa o ministro de crimes de responsabilidade, incluindo atuação parcial e censura a manifestações políticas de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e de seu irmão, Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Segundo Flávio Bolsonaro, as medidas cautelares aplicadas a Jair Bolsonaro, na semana anterior, agravaram a situação e motivam o pedido.
“(O presidente Alcolumbre) tem que ter a responsabilidade de cumprir o seu papel como chefe de instituição e ler o meu pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes”, ressaltou.
Disse também que o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes é defendido por outros senadores. “Não é uma iniciativa isolada minha, é algo que vários senadores já estão apoiando, apoiando publicamente. É uma pauta que a gente vai ter que discutir em algum momento”, detalhou.
Senador diz que Alexandre de Moraes pratica imparcialidade judicial
Para o senador, Alexandre de Moraes desrespeita a ordem constitucional e compromete a imparcialidade do Judiciário. Ele argumenta que, apesar dos atos do ministro terem revestimento legal, ferem princípios como o devido processo legal e a imparcialidade jurídica. Flávio Bolsonaro comparou o tratamento judicial dado às manifestações de Eduardo Bolsonaro com declarações de outras figuras públicas.
“Afinal, por que as manifestações políticas de Eduardo Bolsonaro, ainda que incisivas, são consideradas uma ameaça ao Estado brasileiro, enquanto a ida de Dilma Rousseff à tribuna da ONU para denunciar um suposto golpe institucional ou as viagens internacionais de Cristiano Zanin promovendo a narrativa de que Lula era vítima de um sistema judicial corrompido não ensejaram sequer investigação?”, comparou.
Fonte: Gazeta