O presidente Lula (PT) afirmou que “não há uma guerra tarifária” com os americanos porque o Brasil ainda não respondeu à altura. “Guerra tarifária vai começar na hora que eu der a resposta ao Trump, se (ele) não mudar de opinião”, disse Lula, comentando sobre as sanções dos Estados Unidos ao país. A fala foi proferida durante o encontro “Democracia Sempre”, realizado nesta segunda-feira (21) no Chile.
As recentes sanções do presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Brasil, como as tarifas e o cancelamento de vistos de autoridades brasileiras, ocorrem em retaliação ao que Trump considera uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, reagem também aos casos de alegada censura contra cidadãos americanos por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda sobre esse tema, Lula afirmou estar tranquilo. E também delegou a responsabilidade inicial das negociações aos empresários brasileiros.
“Eu estou com uma certa tranquilidade. Primeiro porque eu tenho o Ministério do Exterior trabalhando isso. Eu tenho uma pessoa da qualidade do Alckmin trabalhando isso. E os empresários têm que entender que antes dos governos tentarem resolver, os empresários brasileiros precisam conversar com os seus contrapartes nos Estados Unidos, porque quem vai sofrer com isso são os próprios empresários”.
Encontro Democracia Sempre
O encontro Democracia Sempre reúne representantes de cinco países: Brasil, Chile, Uruguai, Espanha e Colômbia. Ele foi realizado em Santiago, no Chile, e ocorre após outro encontro, intitulado Em Defesa da Democracia: Lutando contra o Extremismo. Este foi realizado em setembro de 2024, à margem da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Quem convocou o evento foram os presidentes Lula e Pedro Sánchez, da Espanha.
Fonte: Gazeta