O Senado Federal confirmou, na quarta-feira (16), o aumento de 9% na remuneração dos militares das Forças Armadas. A medida provisória, que já havia passado pela Câmara dos Deputados em 10 de julho, segue agora para a promulgação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A aprovação, realizada de forma simbólica no Senado, mantém o texto original enviado pelo governo, sem alterações.
O reajuste, que já está em vigor desde abril para a primeira parcela, será concedido em duas etapas. A primeira parte, de 4,5%, foi aplicada no mês de abril, e a parcela restante, também de 4,5%, passará a valer a partir de janeiro de 2026. Essa recomposição salarial alcança cerca de 740 mil pessoas, incluindo militares da ativa, da reserva e seus pensionistas.
Aprovado como uma medida provisória, o reajuste custará aproximadamente R$ 3 bilhões aos cofres públicos em 2025 e R$ 5,3 bilhões em 2026. O governo justificou a proposta afirmando que a inflação acumulada nos últimos anos havia gerado uma defasagem na remuneração de militares e pensionistas.
Reajuste dos militares abrangerá todas as categorias
O soldo, que é o vencimento básico dos militares e varia conforme o posto e a graduação, terá alterações em todas as patentes. Na base da carreira, categorias como recruta e soldado terão seus soldos ajustados de R$ 1.078 para R$ 1.127 em abril, e alcançarão R$ 1.177 em janeiro de 2026. No topo da hierarquia, o soldo de almirantes de esquadra, generais de Exército e tenentes-brigadeiros do ar passará de R$ 13.471 para R$ 14.077 em abril e chegará a R$ 14.711 em janeiro de 2026.
Reajuste é considerado modesto
Apesar da aprovação, vozes no Congresso expressaram que o reajuste é modesto diante da perda de poder de compra. O deputado General Pazuello (PL-RJ), relator da proposta na Câmara, afirmou que o aumento foi “baixo” e que, embora não atendesse plenamente “o anseio da Força”, era o que a situação orçamentária permitia naquele momento.
Da mesma forma, o senador Hamilton Mourão (Republicanos – RS), disse que o ajuste está “muito aquém da necessidade para recompor o poder salarial do estamento militar”. Mourão também indicou que outras questões, como as gratificações, que “certamente, voltarão a ser debatidas”.
Fonte: Gazeta