O governo federal recebeu o apoio dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para trabalhar mecanismos de negociação ou, se chegar a este ponto, retaliações aos Estados Unidos, depois que o presidente Donald Trump anunciou, unilateralmente, por meio de uma rede social, tarifas de 50% sobre as exportações do Brasil, a partir de 1º de agosto.
A confirmação foi feita após a reunião na manhã desta quarta-feira (16), na residência oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que reuniu também líderes do Senado, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) e a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann (PT-PR).
No encontro, os parlamentares ressaltaram a importância da união entre os poderes para enfrentar o impacto da medida americana. Foi formalizada a formação de uma comissão parlamentar, ideia sugerida na terça-feira (15), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), que irá aos Estados Unidos para dialogar com autoridades norte-americanas.
Entre os quatro membros da comitiva, há possibilidade de participação da senadora Tereza Cristina (PP-MS), com experiência em negociações internacionais desde o imbróglio com a China durante o governo de Jair Bolsonaro (PL-SP), e o senador Marcos Pontes (PL-SP), com interlocução com parlamentares conservadores dos EUA.
Discurso de defesa da soberania nacional contra tarifas
Durante a reunião sobre as tarifas, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) afirmou que “estamos unidos para defender a soberania nacional”. Ele reforçou o discurso do governo sobre os erros na declaração de Trump. “Na questão comercial há um equívoco. Eles têm superávit conosco”, reforçou.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou que “assim como fizemos com a Lei de Reciprocidade, estamos prontos para estar na retaguarda do executivo para as decisões que forem necessárias”.
Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o país enfrenta um “momento de agressão. Temos que ter firmeza e resiliência, buscar estreitar laços e defender os brasileiros”. E acrescentou que “o parlamento está integralmente à disposição na defesa do Brasil”.
Fonte: Gazeta