O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou, na sexta-feira (11), a remoção de dois vídeos publicados no Instagram que associavam e ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro à prostituição e alegavam que familiares dela teriam antecedentes criminais.
A decisão foi proferida pelo desembargador Álvaro Ciarlini e atendeu a um pedido da defesa da ex-primeira-dama, que acionou judicialmente os influenciadores Teonia Mikaelly Pereira de Sousa e Francisco Ieldyson de Paiva Vasconcelos, responsáveis pelos perfis “@ielcast”, “@theoniapereira” e “@cachorro.pi”. Até o momento eles não se pronunciaram sobre a decisão. O espaço segue aberto às manifestações.
A ação também inclui a Meta, empresa dona do Instagram e que também não se manifestou sobre a retirada do ar dos vídeos. O conteúdo questionado foi veiculado nos dias 11 e 14 de junho de 2025, e obteve quase dois milhões de visualizações.
Em tom opinativo, os influenciadores afirmam, sem apresentar provas, que Michelle seria “ex-garota de programa” e que “toda a família dela tem passagem pela polícia”.
As declarações foram feitas em um podcast ao vivo no YouTube, mas o processo se concentra apenas nos vídeos replicados no Instagram.
A defesa de Michelle Bolsonaro argumentou que as publicações continuam sendo impulsionadas pelo algoritmo da rede social, ampliando os danos à imagem da ex-primeira-dama. Para o desembargador, as falas “ultrapassam os limites da liberdade de expressão”, apresentam “conteúdo misógino e sexista” e têm como finalidade “agredir e atingir a honra” de Michelle, o que justificaria a concessão da liminar e a retirada imediata dos conteúdos ofensivos.
Caso a decisão não seja cumprida em até 48 horas, será aplicada multa diária de R$ 5 mil, limitada a R$ 300 mil.
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Fonte: Gazeta