Os militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) vão às urnas neste domingo (6), em todo o Brasil, para escolher quem comandará a sigla nacionalmente pelos próximos quatro anos. Sem autorização dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para utilizar urnas eletrônicas, a direção do partido optou pelo voto impresso.
Entre os candidatos à presidência do partido, o favorito é o ex-ministro Edinho Silva, que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
Edinho Silva, 60 anos, sociólogo, foi prefeito de Araraquara por dois mandatos, vereador na cidade, ministro da Comunicação Social no governo Dilma Rousseff (PT) e deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Edinho é visto como um nome moderado, com perfil de diálogo com partidos de centro e centro-esquerda, além de ser considerado alguém capaz de se comunicar com o mercado financeiro.
Na outra ponta da disputa está o deputado federal Rui Falcão (PT). Jornalista, 81 anos, presidiu o PT entre 2011 e 2017. Foi deputado estadual, secretário municipal na gestão Marta Suplicy (PT) e atualmente cumpre seu segundo mandato como deputado federal por São Paulo.
Entre os nomes históricos do partido, Rui Falcão tem o apoio de José Genoino (PT). A chapa defende o retorno do PT às origens, mais alinhado às causas dos trabalhadores, o que, segundo Falcão, recuperaria o capital político que o partido tinha no início dos anos 2000.
Outros candidatos com menor força também participam da disputa, como Romênio Pereira e Valter Pomar. A votação se encerra às 17h, e o resultado será divulgado ainda hoje, segundo a direção nacional do partido, atualmente comandada de maneira interina pelo senador Humberto Costa (PT-PE).
PT desiste das urnas eletrônicas e opta por voto impresso em todo o país
O PT solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorização para utilizar urnas eletrônicas em sua eleição interna. No entanto, o TSE informou que a decisão caberia aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada estado, responsáveis por ceder os equipamentos.
Sem a autorização dos 27 TREs, o partido decidiu usar cédulas de papel. Em entrevista ao portal G1, o secretário-geral do PT, Henrique Fontana, explicou a decisão. “Como o TSE não consegue fornecer urnas eletrônicas em todos os estados e cidades onde haverá votação, chegamos à conclusão de que é melhor fazer com cédulas para ficar igual no Brasil inteiro”.
Com isso, as cédulas serão produzidas pelo próprio partido, e a contagem dos votos será feita manualmente.
Fonte: Gazeta