O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levou os convidados do seu 13º Fórum de Lisboa aos risos ao aceitar o apelido de “Gilmarpalooza”, e dizer que o evento pode até continuar sendo chamado assim.
A brincadeira foi feita no encerramento do fórum nesta sexta (4), após três dias de debates jurídicos, econômicos e políticos na capital portuguesa. O evento ficou conhecido como “Gilmarpalooza” por ter o ministro como organizador, fazendo uma referência ao famoso festival musical Lollapalooza.
“Alguém brincou dizendo que agora nós temos que chamar de Fórum Internacional de Lisboa. Mas, se quiserem, podem continuar chamando de Gilmarpalooza”, afirmou.
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O encontro se tornou um espaço informal de diálogo entre autoridades brasileiras e neste ano, incluiu ministros do STF como Flávio Dino, André Mendonça e Alexandre de Moraes. Também marcaram presença figuras de campos políticos opostos, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e ministros do governo Lula, como Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Ricardo Lewandowski (Justiça).
Apesar da brincadeira sobre o apelido de “Gilmarpalooza”, o ministro negou que seu evento seja cercado de falta de transparência, e que a maioria dos convidados banca os próprios custos.
“A transparência é total. Nós não temos nenhum problema em relação a isso. As instituições que sustentam o fórum têm absoluta tranquilidade. Muita gente que vem para cá vem por conta própria, portanto nós não pagamos passagem, a não ser daqueles que precisam de apoio, nem hotel da maioria dos palestrantes”, pontuou.
Gilmar Mendes também negou que os encontros informais entre autoridades e empresários poderiam levantar suspeitas por conflito de interesses.
“Se cria muito mistério. Vocês veem aí a vinda de empresários que conversam com juízes. Nós conversamos com juízes em todos os lugares no Brasil, os advogados, os empresários. O Brasil tem uma tradição de muita receptividade em relação a isso. E ninguém vem aqui para fazer coisa errada”, ressaltou.
O ministro ainda defendeu a continuidade do evento em Lisboa, mesmo diante de sugestões para que uma edição semelhante seja realizada no Brasil. Segundo ele, o modelo de “imersão” promovido em Portugal seria difícil de replicar em solo brasileiro.
“Podemos até fazer algo como este no Brasil, só que é muito difícil manter as pessoas no ambiente que nós conseguimos manter aqui”, completou.
Fonte: Gazeta