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a volta do investimento em empresas privadas

05/07/2025
in Política Brasil
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a volta do investimento em empresas privadas

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O Estado brasileiro tenta estender seus tentáculos novamente sobre a economia nacional — e quer voltar a ser sócio, ainda que de forma indireta, de companhias privadas. O BNDES acaba de anunciar um plano ambicioso de retomada dos aportes diretos em ações de empresas por meio da BNDESPar, com um desembolso previsto de R$ 10 bilhões.

A iniciativa, que marca o retorno do banco ao mercado de renda variável após uma década de desinvestimentos, reacende lembranças da política das “campeãs nacionais” adotada nos anos 2000 e 2010 durante os governos petistas.

Idealizada para acelerar o crescimento econômico, a estratégia resultou em enormes perdas de recursos públicos, baixa eficiência econômica e concentração de investimentos em poucas empresas com desempenho questionável.

Também deixou marcas da relação promíscua entre governo e iniciativa privada, com acusações de favorecimento político e baixo resultado na economia. Em essência, tornou-se um símbolo de má alocação de capital e intervencionismo desastrado.

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Promessa do BNDES é de correção de rumo

Desta vez, garante o banco de fomento, será diferente. Sob o comando do ex-ministro Aloizio Mercadante, a estratégia pretende evitar os erros do passado — como a seleção política de grandes conglomerados — e abrir espaço para empresas de todos os portes com projetos voltados a sustentabilidade e inovação.

A lógica agora, diz o BNDES, não é mais “eleger campeões”, mas sim apoiar projetos com alto potencial de impacto positivo na economia — biotecnologia, transição energética e inovação verde.

Os setores eleitos são o ponto bem recebido da iniciativa. “São áreas importantes no atual contexto”, diz Sergio Sakurai, economista da USP de Ribeirão Preto. “E o investimento público pode ajudar a irradiar inovação e produtividade para outras cadeias.”

Mauro Rochlin, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) concorda: “Esses setores têm potencial de gerar spillover, ou seja, transbordar ganhos para outras áreas da economia. O investimento neles pode impregnar a economia com conhecimento e eficiência”.

O aporte será dividido em duas frentes: metade (R$ 5 bilhões) para aquisições diretas de participações societárias e a outra metade destinada a fundos de investimento. Esses fundos, por sua vez, devem ser geridos por três a cinco gestores, em modelo que busca diluir riscos e ampliar o alcance para pequenas e médias empresas, historicamente à margem dos grandes programas de fomento.

Sakurai aponta a necessidade de ampliar os recursos para este segmento. “Apesar dos inúmeros avanços pelos quais o sistema financeiro brasileiro passou nos últimos anos, as micro e pequenas empresas, que ainda são as principais empregadoras do país, ainda têm acesso muito restrito ao mercado de crédito, e quando têm, se deparam com taxas de juros proibitivas”, afirma.

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Iniciativa do BNDES é vista com desconfiança

A diretoria financeira do banco assegura que a retomada dos aportes será conduzida com responsabilidade, considerando empresas selecionadas com boa rentabilidade e equilíbrio entre risco e retorno. Os recursos virão de dividendos recebidos pelo banco e da venda de participações em empresas consideradas “maduras”.

Mesmo com pontos positivos e das promessas de mudança de critérios, a retomada de investimentos diretos por parte do banco estatal é vista com desconfiança e preocupação.

Rochlin destaca que, embora a iniciativa do BNDES tenha se inspirado em exemplos internacionais bem-sucedidos, a experiência recente brasileira não pode ser esquecida.

“Em países como Japão e Coreia do Sul, essas políticas estatais de fomento a setores estratégicos deram certo, conseguiram turbinar empresas com potencial de se tornarem players globais e foram vistas com bons olhos”, afirma. “Mas no Brasil, hoje vejo com reticência, não consigo confiar totalmente no que pode vir daí. Assistimos [com a política das campeãs] a uma mistura de subsídio estatal com uma boa dose de corrupção.”

Para Sakurai, a preocupação é legítima: “Em se tratando de uma instituição pública, sempre fica o receio de que ocorra alguma interferência política na seleção dos projetos”, aponta.

“Especialmente levando em conta que a política de estímulo às ‘campeãs nacionais’, posta em prática justamente no governo do PT, gerou resultados no mínimo muito duvidosos. A empresa Oi é um dos casos mais representativos do fracasso desta política”, acrescenta.

O que foi a era das “campeãs nacionais”

A política das “campeãs nacionais” vigorou principalmente entre 2007 e 2014, durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Conduzida pelo BNDES — então presidido por Luciano Coutinho —, essa estratégia foi formalizada como parte do Plano Brasil Maior em 2011, que previa um papel ampliado do Estado na indução ao crescimento econômico.

A ideia central era impulsionar grandes empresas nacionais para que se tornassem líderes globais em seus setores — criando conglomerados “fortes e competitivos” capazes de disputar mercado com multinacionais. O foco recaiu sobre setores considerados estratégicos, como energia, infraestrutura, telecomunicações, alimentos e construção pesada.

Para os críticos, o programa consolidou um modelo de “capitalismo de compadrio”, aproximando o governo de grandes grupos empresariais alinhados politicamente ao projeto de poder do PT. Entre os principais beneficiários estiveram empresas como JBS, Odebrecht, Oi, o grupo EBX (de Eike Batista), Marfrig, Fibria, BRF, Petrobras e Vale.

Embora o BNDES alegasse retornos positivos em alguns investimentos, os custos fiscais da política foram elevados. Estima-se que, entre 2008 e 2014, o Tesouro Nacional transferiu mais de R$ 500 bilhões ao banco por meio da emissão de dívida pública para financiar empréstimos subsidiados.

O caso mais emblemático é o da JBS, que, com apoio direto dos aportes, transformou-se em poucos anos na maior processadora de proteína animal do mundo, realizando aquisições nos EUA e na Europa. Outro exemplo foi a fusão entre Sadia e Perdigão, que resultou na criação da BRF, operação incentivada e financiada pelo banco estatal.

A Oi, operadora de telecomunicações, também foi beneficiada: recebeu cerca de R$ 12 bilhões do BNDES e acabou entrando em recuperação judicial duas vezes, em 2016 e 2023. A LBR, empresa de laticínios formada por uma série de fusões estimuladas pelo banco, entrou em recuperação judicial em 2013.

A Fibria, gigante da celulose, teve quase 30% de seu capital detido pelo BNDES, mas acabou sendo incorporada pela Suzano, o que reduziu — em vez de ampliar — a concorrência no setor.

Com a deflagração da Operação Lava Jato em 2014, diversas empresas favorecidas por essa política — como Odebrecht, OAS, JBS, entre outras — tornaram-se alvo de investigações que revelaram esquemas massivos de corrupção, caixa dois eleitoral, propinas e fraudes em contratos públicos.

Um dos casos mais marcantes foi o da JBS: a delação dos irmãos Batista revelou o pagamento de propina a mais de 1,8 mil políticos, em troca de favores e proteção institucional.

Política gerou crise fiscal no passado e pode agravar a atual

Os repasses às empresas “campeãs nacionais” contribuíram significativamente para o aumento da dívida bruta do país e foram um dos fatores que levaram ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil pelas agências de classificação de risco em 2015.

A partir da crise fiscal agravada em 2015 e do aprofundamento da recessão econômica, a estratégia perdeu espaço. No governo Michel Temer (MDB), teve início um processo de revisão do papel do BNDES, com corte de subsídios, maior foco na transparência e devolução de recursos ao Tesouro Nacional.

Neste sentido, Rochlin chama a atenção para a incoerencia da concessão de recursos subsidiados em no atual cenário de crise fiscal, que tem colocado em xeque as contas públicas e o cumprimento das metas do governo. “O déficit deveria ser um impeditivo para subsídios mais robustos”, afirma.

Para ele, esses recursos teriam melhor destino se fossem transferidos diretamente ao Tesouro, contribuindo para o ajuste fiscal. Isso abriria caminho para maior estabilidade econômica e permitiria a redução dos juros — o que, por sua vez, facilitaria o acesso ao crédito pelas empresas de forma mais sustentável.

“Estamos atravessando uma fase crítica em termos de endividamento público. Precisamos de controle das contas para estabilizar a relação dívida/PIB”, pontua.

Segundo Rochlin, quando se fala em o BNDES voltar a investir diretamente em empresas, fala-se assumir riscos, aumentar gastos e ampliar a incerteza fiscal. “A saída para ter recursos para investimentos e incrementar a economia seria cortar despesas discricionárias para abrir espaço no orçamento — mas esse não é o foco do atual governo”, conclui.

Fonte: Gazeta

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