O YouTube derrubou nesta quinta-feira (3) a transmissão do 13º Fórum de Lisboa — apelidado de “Gilmarpalooza” — por ter recebido “dezenas de reivindicações de direitos autorais pelo uso de múltiplas obras musicais protegidas”. Nos intervalos das discussões e palestras, a live continuava ao som de diversas músicas.
“Todo conteúdo no YouTube deve seguir as políticas de comunidade da plataforma, assim como as regras relacionadas à proteção de direito autoral. Após análise, identificamos que a transmissão ao vivo do XIII Fórum de Lisboa, que acontecia no canal IDP, foi suspensa após receber dezenas de reivindicações de direitos autorais pelo uso de múltiplas obras musicais protegidas”, esclareceu um porta-voz do YouTube, em nota à Gazeta do Povo.
O “Gilmarpalooza” é organizado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e reúne algumas das principais autoridades do governo Lula (PT), do Judiciário, do Congresso e de outros órgãos públicos. O fórum conta com cerca de 400 palestrantes e mais de 2.500 inscritos.
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Os próprios organizadores suspenderam a transmissão pouco antes da palestra de Mike Pompeo, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos e ex-diretor da CIA, no painel “Geopolítica em Reconstrução: Implicações Socioeconômicas”.
O motivo seria uma cláusula contratual que proibia que a participação fosse transmitida ao vivo, informou o portal Metrópoles. No entanto, mesmo após a fala de Pompeo, o evento permaneceu fora do ar devido às “reivindicações reiteradas de direitos autorais”.
Após o problema técnico, o IDP abriu um segundo link para a transmissão do evento, que continuou normalmente. Segundo o YouTube, a interrupção “é uma maneira de proteger direitos de terceiros na plataforma, independentemente de qual seja o canal fazendo a transmissão”.
“Essas reivindicações são feitas de maneira automática pelo sistema de Content ID do YouTube, projetado para que os detentores de direitos autorais possam gerenciar seu conteúdo de maneira escalável na plataforma”, diz o comunicado.
“Recomendamos aos criadores que se informem sobre direitos autorais antes de utilizar conteúdos de terceiros e que utilizem apenas músicas das quais detenham os direitos ou que sejam livres de royalties, como as disponíveis na Biblioteca de Áudio do YouTube”, enfatizou a plataforma.
Fonte: Gazeta