O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são os líderes em rejeição entre os possíveis candidatos à presidência da República nas eleiçõess de 2026, segundo pesquisa realizada pelo instituto Datafolha e divulgada neste sábado (14). Ambos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro do levantamento, realizado na terça (10) e quarta-feira (11).
O atual mandatário aparece numericamente à frente de todos os outros nomes, com 46% dos entrevistados dizendo que não o escolheriam de jeito nenhum no primeiro turno das eleições. Bolsonaro aparece com 43% de rejeição.
A margem de erro para o total da amostra, segundo o Datafolha é de dois pontos porcentuais para mais ou menos.
Os familiares do ex-presidente Bolsonaro citados na pesquisa também apresentam índices de rejeição igual ou acima de 30%. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem 32% de rejeição. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem 31%, enquanto a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem 30%.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aparece na sequência, com 29%, seguido pelos governadores do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), com 19%, de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 18%, de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 15%, e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%.
Na segmentação por gênero, Lula apresenta rejeição maior que Bolsonaro entre os homens, com 49% contra 39%. Entre as mulheres, a sequência é inversa: a rejeição do atual chefe do Executivo é de 44%, contra 46% de Bolsonaro. A margem de erro por gênero é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos.
Por idade, Lula é numericamente menos rejeitado entre os mais jovens, embora no mesmo patamar do ex-presidente na margem de erro. Entre eleitores de 16 a 24 anos, o petista tem rejeição de 41%, contra 40% de Bolsonaro.
A maior distância entre ambos, com vantagem para Bolsonaro, aparece entre as faixas etárias de 25 a 34 e de 35 a 44 anos. No primeiro grupo, não votariam em Lula de jeito nenhum 49% dos entrevistados. O índice de Bolsonaro é de 38%.
Na faixa seguinte, de 35 a 44 anos, a rejeição de Lula é de 50%, ante 42% de Bolsonaro.
A diferença cai nas faixas etárias seguintes, com rejeição respectivamente de 46% e 45% para Lula e Bolsonaro entre os entrevistados com 45 a 59 anos e 44% e 47% para os eleitores com mais de 60 anos. A margem de erro por idade é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos.
Em relação à escolaridade, a rejeição do atual presidente é menor entre quem tem até o ensino fundamental completo (32%). No caso de Bolsonaro, 48% desse grupo o rejeita.
Metade (50%) dos que têm ensino médio afirmam que não votariam em Lula, enquanto 39% o fariam com Bolsonaro. No grupo com ensino superior, Lula é rejeitado por 52%, contra um índice 43% do ex-presidente.
A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos entre os entrevistados do ensino fundamental e superior e de três pontos para aqueles do ensino médio.
Na divisão por renda familiar, Lula tem desempenho melhor entre os mais pobres, com a menor rejeição entre quem recebe até dois salários mínimos (39%). Nesse grupo, a margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Por região, Lula só tem menor rejeição se comparado a Bolsonaro no Nordeste, com 31% ante 53%. A rejeição do atual mandatário é de 50% ou mais no resto do país: 51% no Sudeste, 54% no Sul e 50% no Centro-Oeste/Norte. Bolsonaro tem 43% de rejeição no Sudeste, 29% no Sul e 37% no Centro-Oeste/Norte.
A margem de erro por região do país é de 3 pontos percentuais para o Sudeste, 6 para o Sul e Centro-Oeste/Norte e 4 para o Nordeste.
No campo religioso, 61% dos evangélicos rejeitam Lula. O porcentual cai para 41% entre católicos. No caso de Bolsonaro, os indicadores são, respectivamente, de 25% e de 47%. A margem de erro para esses segmentos é de 3 pontos percentuais para católicos e 4 para evangélicos.
O Datafolha entrevistou 2.004 eleitores em 136 cidades.
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Fonte: Gazeta
