Cinco homens foram presos em flagrante na manhã deste domingo (20/7) suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos. A investigação da Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes (Deof) apontou que o grupo, também responsável pela tentativa de fraude em um concurso estadual realizado em março deste ano, atuaria novamente no certame da Guarda Civil Municipal de Marituba.
O delegado Joubert da Silva, da Deof, disse que a atuação dos suspeitos consistia em “utilizar professores que resolvem as provas e repassam os gabaritos, por meio de minúsculos aparelhos eletrônicos, aos candidatos à vaga”. “Durante o levantamento investigativo foi possível apurar que o grupo cobrou R$ 2 mil e, caso o candidato fosse aprovado, pagaria um valor adicional de R$ 20 mil”, detalhou.
Todos os envolvidos foram presos em locais de prova nas cidades de Belém e Marituba, portando pequenos aparelhos celulares. Um dos investigados, ao perceber a presença dos policiais civis disfarçados de fiscais, correu para o banheiro, onde jogou seu aparelho celular no vaso sanitário e acionou a descarga, na tentativa de se livrar do flagrante.
As prisões ocorreram no âmbito da segunda fase da operação “Gabarito Final”. Os cinco presos responderão criminalmente por fraude em certame público e associação criminosa.
Transferência
“Nós atuamos de forma velada em mais de dez locais de prova, e contamos com a participação de 60 policiais civis divididos em equipes. Todos os presos foram levados e apresentados na Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe), onde foram lavrados os autos de prisão em flagrante. Eles já estão em processo de transferência para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap)”, contou o delegado Mhoab Khayan, titular da Superintendência Regional do Baixo Tocantins.
A segunda fase da Operação Gabarito Final contou ainda com a participação de policiais da Dioe, das delegacias de Abaetetuba, Vila dos Cabanos (Barcarena), Acará, Moju e Igarapé-Miri, com o Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Abaetetuba e Delegacia de Homicídios de Abaetetuba.
Fonte: O Liberal