Motoqueiro atravessa Rio Xingu ‘surfando’ sobre as águas no Pará
Uma cena surpreendeu banhistas e viralizou nas redes sociais neste fim de semana, na praia do Pedral, em São Félix do Xingu, no sul do Pará. Um piloto de motocross “surfou” sobre o rio Xingu pilotando uma moto adaptada.
No vídeo, Wenderson Fernandes, mais conhecido como “Nenén da Taboca”, aparece em alta velocidade, enquanto a plateia na beira da praia reage com gritos, aplausos e muita surpresa.
O feito foi gravado no último domingo (13) e rapidamente viralizou entre internautas e banhistas, que celebraram a ousadia do piloto, que já realizou essa manobra outras vezes.
Primeiras tentativas
Wenderson Fernandes tem 36 anos e mora há mais de 20 anos no município de São Félix do Xingu, no Pará. Segundo ele, em 2020 sofreu um acidente e fraturou a coluna.
“Fiquei um tempo em que só podia ficar deitado e aí, como a gente é apaixonado por moto, veio a ideia de andar. E se eu não posso andar em motocross, tive que inventar outro esporte, mas tinha que ser em cima de uma moto”, afirma.
Motoqueiro ‘navega’ sobre águas do Rio Xingu com moto modificada.
Divulgação
Primeiro, Wenderson comprou uma motocicleta e fez algumas adaptações. Ao testar a moto sobre as águas, ele diz que afundou essa motocicleta no rio três vezes.
O motoqueiro comprou outra motocicleta e realizou novos testes. Segundo ele, a moto afundou também, em uma área com 20 metros de profundidade.
“Minha sorte foi que uso sempre uma corda amarrada com uma garrafa, além de usar colete salva-vidas. Demorou 5 dias, eu voltei lá de novo. Fizemos mais alguns ajustes e aí, graças a Deus, nós conseguimos. Atravessei o Rio Xingu”, relembra.
Vídeo viral
A motocicleta usada pelo piloto no último domingo (13) foi comprada este ano e, mesmo tendo afundado a moto oito vezes antes de conseguir atravessar o rio Xingu, Wenderson diz que o veículo está ‘aprovado’.
Para realizar o feito, Wenderson Fernandes teve que acelerar forte na areia, entrar no rio, manter o equilíbrio e cruzar o Xingu como se estivesse em terra firme.
A moto foi adaptada com pranchas laterais que garantem a flutuação da moto sobre a água. Já os pneus traseiros, emborrachados, oferecem tração suficiente para deslizar, sem afundar.
Riscos
A prática ousada apresenta riscos e, segundo o motoqueiro, uma equipe do Corpo de Bombeiros estava no local no dia em que o vídeo foi registrado.
Wenderson afirma que a área foi isolada e havia uma equipe para fazer o acompanhamento durante o “nado” sobre as águas.
“Eu sempre falo que no dia que não tiver risco de afundar, eu não quero andar mais em cima da moto, porque qualquer imprevisto pode acontecer. Pode ser que a moto dê um problema, um motivo ou outro. Ela chega a afundar, dependendo da água”, diz.
O g1 solicitou um posicionamento da Marinha do Brasil, da Polícia Civil e do Detran, para saber qual é a orientação dos órgãos de segurança em relação a esse tipo de prática, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.
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Fonte: O Liberal