Moradores da passagem Fé em Deus, no bairro Marco, protestaram contra a falta de saneamento básico no local. O ato ocorreu na tarde desta quarta-feira (9), na Travessa Mauriti, a principal via da área. O protesto, segundo as pessoas, seria uma tentativa de chamar a atenção do poder público da capital paraense. Os moradores afirmam que convivem há anos com alagamentos, lama e falta de asfalto.
A população se reuniu e queimou pneus e pedaços de madeira na via, impedindo a passagem de veículos. Os moradores informaram que essa era a única saída que tinham para fazer o poder público prestar atenção nas péssimas condições em que os moradores viviam. Érika Renata Costa Moraes, de 43 anos, diz que ela e os vizinhos se sentem deixados de lado no local.
“Nós precisamos ser olhados pelos nossos governantes, precisamos de asfalto, saneamento básico. Nossa rua está uma porcaria. Estamos praticamente esquecidos aqui. Agora não vemos mais os vereadores e nem o prefeito. Cadê essas pessoas que não olham pela gente? Nós só queremos ser olhados”, questiona a moradora.
Moradora Érika Renata fala sobre falta de saneamento na passagem Fé em Deus. (Foto: O Liberal)
Segundo ela, as pessoas têm dificuldade até de trafegar pela via. “Tem uma casa abandonada aqui que tá cheia de lixo, chama rato, insetos. O protesto é um pedido de socorro. Em casa, minha mãe é uma pessoa enferma e está sofrendo de câncer. No dia em que ela faz quimioterapia, o carro não entra aqui. Ele deixa ela lá à frente e depois nós temos que caminhar com ela até o final da rua, onde fica nossa casa. Esse tratamento dela é muito pesado. Ela não deveria fazer esse trajeto andando, mas os veículos não entram aqui”, diz Érika Renata.
Érika conta que, em dia de alagamento, a via fica tomada por lixo. “Lá perto da minha casa, a rua fede muito. É o esgoto, o lixo. A gente não sabe para onde o esgoto vai, onde é descartada a água da pia. Tudo isso devido à falta de saneamento. Hoje a rua tá até boa, mas quando chove as casas enchem, entra água, fica tudo alagado. Nós não podemos nem entrar com uma carrada de aterro porque o caminhão não tem como entrar aqui. Nós estamos em uma situação muito difícil”, afirma a moradora.
Ainda segundo os moradores, os protestos devem continuar ao longo da semana, até que os moradores tenham uma resposta dos órgãos ligados à Prefeitura de Belém. A Redação Integrada de O Liberal solicitou o posicionamento da Prefeitura de Belém e aguarda o retorno.
Fonte: O Liberal