Crime, em 2019, deixou três mortos e nove feridos. Dez réus seguem presos e quatro poderão recorrer em liberdade. Julgamento de 14 acusados de participar de “guerra de facções” em presídio no Pará.
TJPA
O Tribunal do Júri condenou por homicídio, na noite de quinta-feira (22), 8 dos 14 acusados de participação na chacina que matou três pessoas e deixou nove feridas no Centro de Recuperação de Redenção, no sul do Pará.
Por questões de segurança, o julgamento foi transferido para o fórum de Belém, no bairro Cidade Velha, e durou quatro dias. O juiz Cláudio Hernandes Silva Lima presidiu o júri.
O crime aconteceu em 12 de maio de 2019 e foi resultado de uma guerra entre facções rivais dentro do presídio.
Principais condenações
As penas aplicadas variam de 17 a 54 anos de reclusão, além de períodos adicionais de detenção. Confira os principais condenados:
Julimar de Jesus Santos: 54 anos de reclusão + 8 anos de detenção
Mayckson Leandro dos Santos: 54 anos de reclusão + 8 anos de detenção
Alexandro de Sousa Silva: 51 anos de reclusão + 9 anos e 6 meses de detenção
Marcos de Sousa Araújo: 48 anos de reclusão + 3 anos e 10 meses de detenção
Gildevan Soares Barros: 32 anos e 6 meses de reclusão + 3 anos e 10 meses de detenção
Maikon Reis Souza: 32 anos de reclusão + 3 anos e 10 meses de detenção
Ruan Gilson da Silva: 32 anos de reclusão + 3 anos e 10 meses de detenção
Jheison Azevedo Jocoski: 17 anos de reclusão + 3 anos e 10 meses de detenção
Penas menores e direito ao semiaberto
Outros seis réus também foram condenados, mas receberam penas menores e vão cumprir o início da pena em regime semiaberto:
Alessandro Silva Sousa: 6 anos e 6 meses de detenção
Ivan Junior Vieira da Silva: 6 anos e 6 meses de detenção
Josimar de Jesus Santos: 3 anos de reclusão + 3 anos de detenção
Lucas Malta Pereira: 6 anos e 6 meses de detenção
Quesio Soares Maranhão: 6 anos e 6 meses de detenção
Vinicius da Conceição: 6 anos e 6 meses de detenção
Nenhum dos 14 acusados teve direito à substituição ou suspensão da pena.
Prisão mantida para a maioria
Dos 14 condenados, 10 tiveram a prisão preventiva decretada e devem permanecer presos.
Outros quatro — Alessandro Silva Sousa, Lucas Malta Pereira, Quesio Soares Maranhão e Vinicius da Conceição — receberam o direito de recorrer em liberdade e terão alvarás de soltura expedidos.
Entenda o caso
Uma briga entre facções no Centro de Recuperação de Redenção, sudeste do Pará, deixou três mortos e três feridos em 12 de maio de 2019.
De acordo com a então Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), a briga que ocorreu no presídio tinha como alvo um detento conhecido como “Baiano”.
Ele foi transferido da Bahia para Redenção, onde teria cometido um homicídio, e tinha suposto vínculo com a facção PCC.
Detentos do Centro de Recuperação de Redenção durante revista e recontagem neste domingo, 12 de maio
Reprodução / TV Liberal
Baiano foi um dos três mortos durante a briga. Ele estava custodiado em uma cela isolada devido às ameaças de morte. Além disso, um dos outros dois mortos era suspeito de matar o irmão de uma liderança de uma outra facção.
Na época, cinco pessoas também foram feitas reféns, mas liberadas após negociações com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Promotoria de Justiça, do juíz da comarca de Redenção e a direção da unidade prisional.
Acesse o canal do g1 Pará no WhatsApp
Detentos são mortos durante rebelião no Presídio de Redenção
VÍDEOS com as principais notícias do Pará
Confira outras notícias do estado no g1 Pará.
Fonte: O Liberal
