O Exército de Israel deu início a uma operação terrestre contra o Hamas na Cidade de Gaza nesta terça-feira (16).
De acordo com os militares e o próprio governo israelense, o local é considerado atualmente o principal reduto do grupo terrorista no enclave – as estimativas oficiais apontam que haja de dois mil a três mil milicianos na região.
No X, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, informou na madrugada desta terça-feira que as operações do Exército na Cidade de Gaza foram intensificadas durante a noite.
“As Forças de Defesa de Israel atacam com mão de ferro a infraestrutura terrorista, e seus soldados lutam com coragem para criar as condições permitidas para a libertação dos reféns e a derrota do Hamas”, afirmou Katz.
“Não vamos desistir dos nossos esforços e não vamos recuar até que a missão seja cumprida”, acrescentou o ministro israelense. A operação na maior cidade do enclave já é vista como o início de uma das maiores iniciativas nesse sentido desde a ofensiva no início da guerra, após o massacre surpresa de terroristas em solo israelense.
Os ataques ocorridos durante a noite combinaram bombardeios aéreos com mísseis e drones, ataques de artilharia e tiros de helicópteros, enquanto o céu da capital de Gaza foi iluminado várias vezes por sinalizadores do Exército que pediam a evacuação da cidade.
Na semana passada, as forças israelenses declararam toda a Cidade de Gaza como “zona de combate perigosa” e pediram aos seus moradores para se deslocarem para uma nova zona humanitária perto de Khan Yunis, anunciada no sábado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu ainda na segunda-feira (15) o Hamas para não usar os reféns israelenses que ainda mantém em seu poder como escudos humanos para impedir a ofensiva terrestre de Israel sobre a Cidade de Gaza.
Em sua rede social Truth Social, Trump disse ter “lido alguns relatos de imprensa” — não especificou em qual veículo — que diziam que os reféns seriam levados à superfície de Gaza e ressaltou que tal ideia equivaleria a “uma atrocidade humana, uma coisa como a que muito pouca gente viu antes”.
Trump, então, deu uma advertência mais explícita ao Hamas: “Não deixem que isso aconteça ou TUDO PODE ACONTECER AQUI”.
Fonte: Gazeta