O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta segunda-feira (15) em coletiva de imprensa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que o Hamas pode “se render esta noite” se quiser acabar com a guerra e dar lugar a um futuro melhor para o povo de Gaza.
“O Hamas pode se render esta noite, se quiser. Depor as armas. O problema é que eles são um grupo terrorista, um grupo bárbaro cuja missão declarada é a destruição do Estado judeu. Então não contamos com que isso aconteça”, disse Rubio, que insistiu que o Hamas deve deixar de existir.
Rubio declarou que os Estados Unidos mantêm “vigentes” os mesmos objetivos de antes: eliminar o Hamas e o retorno dos 48 reféns, tanto vivos quanto mortos.
Além disso, o secretário de Estado americano culpou o Hamas por manter os dois milhões de habitantes de Gaza como “escudos humanos” e considerou que, para acabar com os terroristas, pode ser necessária uma última “operação militar concisa”.
“Eliminá-los poderia, em última análise, requerer uma operação militar concisa. Devemos nos lembrar com quem estamos lidando: um grupo de pessoas que dedicou suas vidas à violência e à barbárie. E quando nos confrontamos com essa dura realidade, por mais que desejemos que haja uma maneira pacífica e diplomática (…) também temos que estar preparados para a possibilidade de que isso não aconteça”, pontuou Rubio.
Regime do Irã, “um risco inaceitável”
O secretário de Estado dos Estados Unidos afirmou ainda nesta segunda-feira em Jerusalém que o regime iraniano “representa um risco inaceitável, não só para Israel, nem só para os Estados Unidos, mas para o mundo”.
Durante a coletiva com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Rubio indicou que seu país continuará com sua campanha de “máxima pressão econômica” sobre o Irã “até que mude de rumo” e celebrou que os países europeus tenham iniciado o processo de restaurar as sanções contra o país persa.
Rubio mencionou o desejo de Teerã de possuir “não só armas nucleares, mas também mísseis de curto e médio alcance” que, segundo o chefe da diplomacia americana, ameaçam a região e “até mesmo a Europa”.
“De fato, alguns dos mísseis que eles tentam desenvolver já podem alcançar países europeus. Portanto, um Irã nuclear governado por um clérigo xiita radical que possui não apenas armas nucleares em potencial, mas mísseis que poderiam lançar essas armas a grandes distâncias, representa um risco inaceitável”, disse.
Parceria entre EUA e Israel saiu fortalecida após nova visita
Netanyahu afirmou nesta segunda-feira na coletiva de imprensa que Estados Unidos e Israel continuam se apoiando “diante das incríveis mentiras” dirigidas contra eles e contra “os governos fracos que nos pressionam porque sucumbem à pressão” dos terroristas.
Após se reunirem em Jerusalém por ocasião da visita de dois dias de Rubio a Israel, Netanyahu indicou que agradece a ajuda do presidente americano, Donald Trump, para derrotar o grupo terrorista Hamas, para que “não possam transformar Gaza em uma ameaça para Israel”.
Além disso, ressaltou que a presença de Rubio em Jerusalém é “uma mensagem clara de que os Estados Unidos apoiam Israel”.
“Nos apoiamos diante do terrorismo, diante das incríveis mentiras, quase diria mentiras medievais, dirigidas contra nós, o crescente antissemitismo mundial e os governos fracos que nos pressionam porque sucumbem à pressão”, afirmou o primeiro-ministro israelense.
Netanyahu também agradeceu a Rubio por “seu apoio inabalável ao direito de Israel de se defender” e por ter se oposto “àqueles que buscam isolar e demonizar” o país.
Fonte: Gazeta