As autoridades envolvidas na investigação do assassinato do jovem ativista conservador Charlie Kirk, de 31 anos, um aliado próximo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encontraram novas evidências sobre o atirador, que atingiu a vítima fatalmente durante um evento numa universidade de Utah na última quarta-feira (10).
O que se sabe até o momento
O comissário de Segurança Pública de Utah, Beau Mason, informou nesta quinta-feira (11) que as autoridades já têm “boas imagens” do suposto autor do disparo e que encontraram o rifle que possivelmente ele usou para matar o ativista conservador americano numa floresta próxima à universidade. A arma foi encaminhada para testes pelo FBI.
Em coletiva, os responsáveis pela investigação também comentaram que acreditam que o autor do atentado, apontado como um homem, tem “idade universitária”.
Ao The Wall Street Journal (WSJ), investigadores disseram que foram encontradas munições gravadas com expressões relacionadas à “ideologia de gênero e antifascismo” dentro do rifle que as autoridades acreditam ter sido usado para assassinar Kirk, segundo consta num boletim interno de segurança e numa declaração de uma pessoa familiarizada com a investigação.
Em detalhes divulgados nesta quinta-feira, as autoridades informaram que o assassino do ativista americano se deslocou pelo telhado dos edifícios do campus e de lá escapou para se esconder em um bairro próximo, de acordo com um vídeo que rastreou os movimentos do atirador enquanto ele subia em um telhado para realizar o ataque.
“Seguimos seus movimentos dentro do campus, passando pelas escadas, subindo até o telhado e atravessando o telhado até o local do disparo. Depois do ataque, conseguimos rastrear seu percurso enquanto se movia para o outro lado do edifício, saltou do prédio e fugiu do campus, entrando em um bairro”, explicou Mason.
Ainda, os investigadores encontraram outras supostas evidências do criminoso como impressões de um antebraço, da palma de uma mão e marcas de um calçado, pistas que podem ajudar as autoridades na busca pelo assassino, segundo informou Robert Bohls, agente especial encarregado do escritório de campo do FBI em Salt Lake City.
Dois suspeitos foram presos, mas liberados
A polícia chegou a prender nas horas seguintes ao assassinato duas pessoas consideradas suspeitas, mas as liberou depois de considerar que não estavam relacionadas com o ataque.

Kirk, de 31 anos, era fundador da Turning Point USA, uma influente organização conservadora focada no ativismo universitário. O influenciador cultivou uma relação próxima com Trump, a quem apoiou abertamente em sua agenda política e eleitoral.
O presidente americano se manifestou sobre o crime, dizendo que seu governo “encontrará os responsáveis” pelo assassinato do “lendário” Kirk.
“O grande, e até mesmo lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia o coração da juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por todos, especialmente por mim, e agora não está mais entre nós. Meus pêsames e os de Melania [Trump, primeira-dama] vão para sua linda esposa Erika e sua família. Charlie, nós te amamos!”, escreveu o republicano no X, comunicado que foi republicado pela Casa Branca.
Durante um evento do 11 de setembro, no Pentágono, Trump anunciou que concederá uma Medalha Presidencial póstuma da Liberdade a Charlie Kirk. “Charlie foi um gigante de sua geração, um defensor da liberdade e uma inspiração para milhões e milhões de pessoas. Sentiremos muita falta dele”, afirmou o presidente na ocasião.
Fonte: Gazeta