As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram nesta segunda-feira (8) um bombardeio que destruiu um prédio de escritórios de 12 andares na Cidade de Gaza, o quarto ataque em quatro dias promovido pelos israelenses contra edificações altas na capital do enclave.
O governo do premiê Benjamin Netanyahu alega que prédios altos na Cidade de Gaza estão sendo utilizados pelo Hamas como pontos de observação. O grupo terrorista nega e diz que os prédios têm uso civil.
Em mensagem no X pouco antes do ataque desta segunda-feira, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, utilizou o termo “tempestade de furacão” para se referir à ofensiva, que consiste em ataques a prédios altos seguidos de uma operação terrestre, que as FDI esperam que seja o golpe final no Hamas.
“Hoje, uma enorme tempestade de furacão atingirá os céus da Cidade de Gaza e os telhados das torres de controle do terror tremerão. Este é um último aviso aos assassinos e estupradores do Hamas em Gaza e em hotéis de luxo no exterior: libertem os reféns e deponham suas armas — ou Gaza será destruída e vocês serão destruídos”, escreveu Katz.
“As FDI continuam conforme o planejado e se preparam para expandir a manobra para dominar Gaza”, afirmou o ministro.
Moradores da Torre Sousi, um edifício de 15 andares destruído por um bombardeio israelense no fim de semana, alegaram à agência Associated Press que o exército israelense lhes deu 20 minutos para pegar seus pertences e fugir antes do ataque.
Nesta segunda-feira, Netanyahu advertiu que os ataques de Israel a edifícios altos na Cidade de Gaza são “apenas um prelúdio” da operação terrestre planejada pelas FDI.
“Tudo isso é apenas uma introdução, um prelúdio, para a principal e poderosa operação: uma manobra terrestre de nossas forças, que estão agora se organizando e se reunindo na Cidade de Gaza”, disse Netanyahu em uma mensagem de vídeo compartilhada por seu gabinete.
Na mensagem, Netanyahu orientou os palestinos que estão na capital do enclave a deixar a área. “Nós os avisamos, saiam de lá”, disse o primeiro-ministro.
No início de agosto, o governo israelense aprovou um plano proposto por Netanyahu para ocupar a Cidade de Gaza, no norte do enclave, e deslocar seus moradores para o sul.
Naquela época, cerca de 1 milhão de palestinos estavam abrigados na cidade, muitos deles deslocados de outras partes do enclave pela guerra.
De acordo com Netanyahu, cerca de 100 mil palestinos já deixaram a cidade em face da ofensiva israelense, embora o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) situe o número em cerca de 40 mil.
Fonte: Gazeta