O ditador da Venezuela Nicolás Maduro adotou nesta sexta-feira (5) um tom conciliador em meio à escalada do conflito militar com os Estados Unidos. Ele afirmou que “respeita” Donald Trump e que “nenhuma das diferenças” entre seu país e o presidente americano podem levar a “um conflito militar de alto impacto”.
“A Venezuela sempre esteve disposta a conversar, a dialogar (com os americanos), mas, assim como estamos dispostos a conversar e a dialogar, exigimos respeito para nosso país”, afirmou Maduro.
As declarações de Maduro aconteceram horas depois de Trump declarar que militares americanos estão autorizados a abater aeronaves militares, se comandantes acharem necessário, na atual operação com navios de guerra no sul do Mar do Caribe.
O venezuelano discursou durante o ato de “ativação operacional, organizacional” da Milícia Nacional Bolivariana (MNB), um dos ramos das forças armadas do país e que contou com uma campanha de alistamento.
Nos últimos dias, os EUA enviaram oito navios de guerra e um submarino nuclear para as águas do Mar do Caribe próximas da Venezuela, com o objetivo de evitar a chegada de drogas ao território americano.
O regime chavista de Maduro alega que a operação militar no sul do Caribe é uma “desculpa” para uma intervenção na Venezuela, mas Trump afirmou que seu governo não discute uma mudança de regime no país sul-americano.
Durante o ato desta sexta, Maduro voltou a afirmar que a administração republicana deve abandonar uma suposta pretensão de mudança na região. “Os EUA devem abandonar seu plano de uma mudança de regime violenta na Venezuela e em toda a América Latina e o Caribe, e respeitar a soberania, o direito à paz, à independência de nossos países”, disse Maduro.
Fonte: Gazeta