Apoiadores do regime chavista se reuniram neste sábado (22) em várias partes da capital venezuelana, Caracas, para se alistar na Milícia Nacional Bolivariana (MNB) e pediram que a população se una à iniciativa convocada pelo ditador Nicolás Maduro em resposta ao envio de navios de guerra dos Estados Unidos ao mar do Caribe, perto da costa do país sul-americano, para combater o narcotráfico.
Na Praça Bolívar, em Caracas, a poucas quadras do Palácio de Miraflores (sede do governo), um grande número de cidadãos compareceu à jornada de alistamento.
Um dos presentes era Jorge Navas, membro do coletivo “Resistência e Rebelião”, que disse à agência EFE que é um dever de cada “patriota” se alistar em um “cenário” como o atual, que ele descreveu como uma “guerra cognitiva”.
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“Este é um povo que entendeu que aqui há um inimigo em comum e que deve se preparar e se alistar e se colocar à disposição se for preciso nos defender em um cenário de guerra”, declarou.
Segundo Navas, o chavismo – corrente política que governa a Venezuela desde 1999 – conta com “experiência suficiente” na “defesa integral da pátria”, e por isso seus simpatizantes “irão à frente em qualquer cenário”.
Outra participante da jornada, Aidee Romero, também conclamou os cidadãos à defesa do território sem se importar com a ideologia.
“Pedimos a todo venezuelano que ame sua pátria, não importa que não compartilhem nossa própria ideologia, que não permitamos que manchem o país”, declarou.
Ela acrescentou que a independência “precisa ser defendida”, mas espera “que não seja com balas”.
Ela contou que, apesar de já estar registrada na Milícia, compareceu neste sábado ao evento para “reafirmar” seu compromisso com o corpo de civis voluntários criado em 2009 pelo falecido ditador Hugo Chávez e que 11 anos depois foi oficialmente incorporado à Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).
Segundo imagens da rede estatal de televisão “VTV”, o processo de alistamento também ocorreu em praças de diversos estados da Venezuela, entre eles, Lara, Bolívar, Táchira, Trujillo, Sucre e La Guaira.
Na última segunda-feira, Maduro ordenou a preparação de 4,5 milhões de membros da Milícia Nacional Bolivariana em todo o país, depois que os EUA aumentaram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à sua captura.
Um dia depois, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo americano está preparado para “usar todo o seu poder” para frear o “fluxo de drogas” para os EUA.
Fonte: Gazeta
