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Antissemitismo de Lula constrange aliados judeus do governo

24/08/2025
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Antissemitismo de Lula constrange aliados judeus do governo

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escalou a crise com Israel na última semana ao confirmar que não pretende autorizar a nomeação de um novo embaixador no Brasil. O episódio se soma a uma decisão, anunciada no fim de julho, de tirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), que provocou forte reação mundial de entidades judaicas, acirrou tensões com Israel, constrangeu aliados e contribuiu para acirrar o antissemitismo no país, segundo analistas.

O último embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zoshine, deixou o cargo na semana passada para se aposentar. Gali Dagan, ex‑embaixador na Colômbia, já havia sido apontado no início do ano para substituí-lo, mas não recebeu a permissão brasileira (chamada de agrément) para assumir o cargo.

Durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara nesta quarta-feira (20), o assessor especial Celso Amorim, considerado o chanceler de facto de Lula, confirmou rumores de que o governo Lula não dará a permissão para Israel ter um novo embaixador.

A afirmação indignou senadores da oposição e marca mais um passo na escalada de hostilidade entre Lula e o governo de Israel. O histórico de antagonismo do presidente e de seu chanceler de facto com o governo israelense começou a se tornar evidente já nos primeiros dois mandatos de Lula, época em que o Brasil se alinhou ao Irã, Estado que deseja a aniquilação do Estado de Israel.

Durante a audiência no Senado, Amorim atribuiu aos Estados Unidos a aproximação inicial com o regime iraniano ao dizer que Washington teria pedido ao Brasil em 2010 para participar da mediação de um acordo para Teerã interromper seu programa de enriquecimento de combustível nuclear. Contudo, vazamentos de mensagens diplomáticas pelo Wikileaks de dois anos antes já mostravam o alinhamento de Amorim com a ditadura iraniana e suas tentativas de atrapalhar políticas pró-Israel em órgãos multilaterais.

Mas a recente decisão de tirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (identificada pela sigla IHRA) desagradou até aliados poderosos de Lula e membros de sua base de apoio esquerdista. Criada em 1998 na Suécia, a IHRA combate globalmente o antissemitismo. A adesão a ela não exige, contudo, posicionamento político sobre conflitos no Oriente Médio nem vínculos com Israel, que integrou a aliança anos após a fundação dela. A saída do Brasil, contudo, serve para afrontar Tel Aviv.

A decisão do governo veio um dia após o Itamaraty anunciar a entrada do Brasil na ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) das Nações Unidas (ONU), na qual, o país africano acusa autoridades israelenses de cometerem um “genocídio” contra os palestinos no atual conflito na Faixa de Gaza.

O abandono pelo Brasil do consenso pelo combate ao antissemitismo foi criticado pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, que chamou o gesto de “profunda falha moral”. Para Fernando Lottenberg, comissário da Organização dos Estados Americanos (OEA), trata-se de “grave equívoco”.

Posição de Lula constrange Alcolumbre e outros aliados judeus

O rompimento do país com a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto irritou judeus brasileiros poderosos, como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, e o colega Luiz Fux, e constrangeu outros como o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e o presidente Davi Alcolumbre (União-AP).

Barroso criticou a decisão por favorecer o antissemitismo e em nada ajudar o país. Segundo informações de bastidores, ele tem buscado, sem sucesso, interlocução com o Palácio do Planalto para reverter a medida. Cobrado pela comunidade judaica, Alcolumbre ainda não se posicionou sobre o caso.

Alcolumbre já mostrou desconforto com Lula em outra situação semelhante e recente, quando o petista se recusou a sancionar a lei que instituía o Dia da Amizade Brasil-Israel. O presidente do Congresso assumiu o papel de promulgar o texto, lembrando a condição de judeu e o respeito às minorias.

A Gazeta do Povo perguntou ao senador, por meio de sua assessoria, se ele pretende se pronunciar sobre o episódio do IHRA, mas não houve resposta. O World Jewish Congress (WJC) estima a comunidade judaica em 130 mil indivíduos no Brasil, apesar de o IBGE calcular 107 mil. Mais da metade deles vive na cidade de São Paulo.

Jaques Wagner lamentou a comparação de ação militar de Israel com o nazismo

Wagner também se viu de novo constrangido, após Lula processar Israel no exterior e comparar, em fevereiro de 2024, a incursão militar em Gaza com o nazismo. “Não se traz a máquina de morte do Holocausto para nenhuma comparação, porque fere sentimentos, inclusive os meus”, disse ele na ocasião.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou o presidente brasileiro de banalizar o Holocausto, enquanto o seu chanceler, Israel Katz, declarou Lula persona non grata em Israel.

A World Jewish Congress (WJC) classificou a decisão de o país deixar a IHRA como “irresponsável” e “profundamente preocupante”. Para o Combat Antisemitism Movement, uma coalizão internacional de organizações e ativistas, Lula “deu as costas aos judeus brasileiros”, ao minimizar o Holocausto e, sobretudo, ao “normalizar” o antissemitismo no Brasil.

Daphne Klajman, especialista em antissemitismo, afirmou à Gazeta do Povo que Lula revelou – finalmente e sem ressalvas – que seu governo é “o mais antissemita desde Vargas”. “Ele feriu a memória de 6 milhões de mortos no Holocausto e desrespeitou os judeus que moram no Brasil”, lamentou ela.

Deputados de governo e de oposição cobram esclarecimentos ao Itamaraty

A saída do país do IHRA provocou protestos de deputados contra e a favor do governo. O Novo apresentou requerimento de informações ao Itamaraty e moção de repúdio pelo “viés ideológico” da medida, lembrando que a diplomacia brasileira, em 2023, tinha aplaudido essa aliança internacional.

“Não é de hoje que Lula coloca o Brasil como pária internacional, alinhando-se com regimes autoritários e trazendo prejuízos à diplomacia e ao comércio exterior. Seus ataques à comunidade judaica são constantes, mostrando claro viés antissemita”, apontou o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS).

A deputada Tábata Amaral (PSB-SP), de esquerda, também protocolou um requerimento cobrando explicações oficiais do chanceler Mauro Vieira. Ela quer saber os critérios, impactos e possíveis alternativas para o país se manter fiel à luta contra o antissemitismo e pela preservação da memória do Holocausto.

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) comemorou o “rompimento necessário” com a IHRA e ainda defendeu o fim das relações entre Brasil e Israel.

Políticos aderem à campanha da sociedade contra o antissemitismo no Brasil

O Grupo Parlamentar Brasil-Israel avaliou que a saída do IHRA enfraquece o papel histórico do país como mediador internacional. Para o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da frente, o gesto poderá “isolar o país de democracias ocidentais, com efeitos políticos e econômicos importantes”.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), gravou vídeo para a campanha nas redes sociais “Diga Não ao Antissemitismo”, liderada pela Federação Israelita de São Paulo (Fisesp), que contou com participação de sobreviventes e a adesão de políticos de espectros ideológicos diferentes.

Nunes lamentou a decisão de Lula de tirar o Brasil da IHRA, reafirmando o compromisso municipal de combater o ódio contra os judeus e destacando a contribuição judaica para o desenvolvimento da capital paulista. “Temos de preservar a memória do Holocausto para que nunca mais ocorra”, disse.

Impasse inédito impede embaixadores de Brasil e de Israel exercerem suas funções

Durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara nesta quarta-feira (20), Celso Amorim, assessor especial da Presidência para política externa, disse que o Brasil não confirmará a indicação de um novo embaixador israelense em retaliação a Lula ter sido considerado persona non grata e a um outro episódio diplomático.

Ele se referiu à suposta “humilhação pública” sofrida por Frederico Meyer, então embaixador brasileiro em Tel Aviv, por parte do ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz. Ele foi convocado pelo governo israelense para explicar o motivo de Lula ter comparado os militares israelenses aos nazistas e a audiência foi propositalmente marcada em um museu do Holocausto. Amorim se queixou dos israelenses terem falado com o embaixador em hebraico sem que ele fosse capaz de entender o que estava sendo dito.

O diplomata brasileiro então foi chamado de volta ao Brasil para consultas após Lula condenar a invasão da Faixa de Gaza por Israel. Amorim destacou que esse é um dos motivos do novo embaixador isralense não ter sido aceito. “Não cabe a nós receber alguém de lá, nem termos alguém nosso lá”, resumiu o assessor.

Amorim disse que o Brasil mantém a política de não classificar o Hamas como organização terrorista, observando que esse tipo de qualificação só ocorreria em consonância com o Conselho de Segurança da ONU — que, até o momento, não incluiu os extremistas na lista de grupos terroristas.

Gesto de Lula revela face discriminatória contra os judeus e estimula a violência

Para Márcio Coimbra, presidente do Instituto Monitor da Democracia, Lula oficializou o antissemitismo no país e reforçou uma trajetória marcada por controvérsias nesse tema. “O governo enfraqueceu o compromisso com a memória histórica e se alinhou a discursos e práticas discriminatórias”, diz.

Coimbra acrescenta que a saída do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) endossa a percepção de que a postura velada de Lula carrega consigo o distanciamento dos valores de respeito às minorias e à dignidade humana, ajudando a normalizar um ambiente político cada vez menos sensível à luta contra o antissemitismo.

“O problema do Lula não é com o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu nem com Israel: é com os judeus”, diz Madeleine Lacsko, consultora de comunicação e líder de causas de direitos humanos. Para ela, associar a IHRA ao governo israelense torna a política externa “palanque ideológico”.

Madeleine lembra que, desde os ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro de 2023, vários estados e municípios brasileiros passaram a adotar a definição de antissemitismo da IHRA, como proteção às comunidades de judeus diante do crescimento de episódios de antissemitismo no Brasil.

Fonte: Gazeta

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