O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta sexta-feira (23) os Estados Unidos de buscarem uma “mudança de regime” de maneira “terrorista”, diante da proposta da Casa Branca de enviar navios ao mar do Caribe, perto de águas venezuelanas, para combater o tráfico de drogas.
“O que ameaçam tentar fazer contra a Venezuela, uma mudança de regime, um golpe terrorista, militar, é imoral, criminoso e ilegal”, disse o ditador venezuelano em um ato na sede do Legislativo, em Caracas, transmitido de forma obrigatória pelas cadeias de rádio e televisão do país.
Maduro agradeceu a países aliados como China, Irã e Rússia pela “solidariedade, o apoio que deram hoje à Venezuela e a rejeição mundial unânime a que os Estados Unidos abram um conflito armado na América do Sul, e o somem a seus fracassos do Vietnã, Afeganistão, Iraque, Líbia”.
Além disso, Maduro disse que o direito internacional “proíbe a ameaça do uso da força contra Estados soberanos”.
“A Venezuela voltará a ganhar, ganhará outra vez a paz, a estabilidade, o crescimento, a harmonia, entre todos os venezuelanos e todas as venezuelanas, em qualquer circunstância que tenhamos vivido, essa tem sido a fórmula, Deus está conosco, porque Deus está com os valentes, com os justos”, alegou.
Ele também disse que é momento de “reunir a vontade nacional” e colocar de lado as diferenças “menores ou intestinas”, para que o país sul-americano fale “com uma só voz”.
Na quinta-feira, Maduro convocou um dia de alistamento das “forças milicianas” durante o fim de semana, em resposta à patrulha de navios que os Estados Unidos propuseram em águas do Caribe.
No começo da semana, Maduro ordenou a mobilização de 4,5 milhões de integrantes da Milícia Bolivariana – ramo das Forças Armadas composto por reservistas, voluntários e civis – em todo o país, depois que os Estados Unidos aumentaram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem a sua captura.
Na terça-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, garantiu que os EUA estão preparados para “usar todo o seu poder” para frear o “fluxo de drogas” provindos da Venezuela, o que incluiria o envio de navios e militares a águas do mar do Caribe perto do país.
Fonte: Gazeta