A ditadura da China, aliada do regime chavista na Venezuela, criticou nesta quinta-feira (21) a decisão dos Estados Unidos de enviar nesta semana às águas do Caribe próximas do país sul-americano três navios de guerra para pressionar o ditador Nicolás Maduro.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, foi perguntada sobre o assunto em entrevista coletiva.
“A China se opõe a qualquer ação que viole os propósitos e princípios da Carta da ONU e a soberania e a segurança de um país. Nos opomos ao uso ou à ameaça de força nas relações internacionais e à interferência de forças externas nos assuntos internos da Venezuela, sob qualquer pretexto. Esperamos que os Estados Unidos façam mais ações que conduzam à paz e à segurança na América Latina e no Caribe”, disse Mao.
Os Estados Unidos enviaram o USS Sampson, o USS Jason Dunham e o USS Gravely, contratorpedeiros da classe Arleigh Burke, descritos como “a espinha dorsal da frota de superfície” da Marinha americana.
Na terça-feira (19), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os Estados Unidos estão preparados para “usar todo o poder americano” para levar à Justiça “os responsáveis” por levar drogas ao país, em recado direto a Maduro.
“O presidente [Donald] Trump tem sido muito claro e coerente. Ele está preparado para usar todo o poder americano para impedir que as drogas inundem nosso país e levar os responsáveis à Justiça”, disse a porta-voz.
“O regime de Maduro não é o governo legítimo da Venezuela, é um cartel do narcoterrorismo. Maduro, na visão deste governo, não é um presidente legítimo. É um chefe fugitivo de um cartel que foi indiciado nos EUA por tráfico de drogas para o país”, acrescentou Leavitt.
No último dia 7, o governo dos Estados Unidos dobrou o valor que oferece por informações que levem à prisão e condenação de Maduro, elevando a recompensa para US$ 50 milhões.
Diante da pressão americana, na segunda-feira (18), o ditador venezuelano ordenou a mobilização de 4,5 milhões de membros da Milícia Bolivariana, como parte do que chamou de “plano de paz”.
Fonte: Gazeta