O governo dos Estados Unidos decidiu enviar três navios de guerra equipados com o sistema de mísseis Aegis para águas próximas à Venezuela. A medida, que deve ser implementada nas próximas 36 horas, foi revelada nesta segunda-feira (18) pela agência Reuters, com base em informações de fontes ligadas ao plano.
O objetivo do envio é reforçar o combate ao tráfico de drogas na região, após organizações criminosas latino-americanas, como o cartel de Sinaloa e o grupo venezuelano Tren de Aragua, terem sido classificadas por Washington como organizações terroristas internacionais.
Segundo a Reuters, os navios USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson encabeçam a operação. Além disso, cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais participarão da missão, que contará ainda com aeronaves de patrulha P-8, outras embarcações e pelo menos um submarino de ataque. Um funcionário do governo norte-americano, que falou à agência sob condição de anonimato, afirmou que as forças militares operarão em águas e céus internacionais e que a operação deve se estender por vários meses.
Ainda de acordo com a agência, os equipamentos navais não serão usados apenas para inteligência e vigilância. O mesmo funcionário destacou que eles podem servir como plataforma para ataques seletivos, caso a Casa Branca decida autorizar.
O presidente Donald Trump tem defendido o uso das Forças Armadas para enfrentar os cartéis de drogas da América Latina. A estratégia, além de visar o tráfico, integra sua política de segurança para conter a imigração ilegal na fronteira sul dos EUA.
Nesta segunda-feira, o ditador Nicolás Maduro, que está sob forte pressão americana após ser apontado como líder de um esquema de narcotráfico internacional, anunciou a ativação de 4,5 milhões de milicianos chavistas em todo o território venezuelano. O movimento foi apresentado como uma estratégia de “defesa da pátria”, em meio à escalada de tensões com os Estados Unidos, que recentemente aumentaram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura do líder venezuelano.
Fonte: Gazeta