O ditador da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutirão os “assuntos mais complexos” na cúpula desta sexta-feira (15) no Alasca, mas não assinarão nenhum documento, informou hoje o Kremlin.
“Partimos da boa vontade política demonstrada pelos presidentes de ambos os países para resolver os problemas por meio do diálogo. O presidente Putin e o presidente Trump têm a intenção de dialogar e abordarão os temas mais complicados”, declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, à televisão pública russa.
Quando questionado se os dois mandatários planejam discutir uma possível troca de territórios entre Rússia e Ucrânia para a resolução do conflito, Peskov respondeu que “obviamente serão abordadas questões relacionadas à solução ucraniana”.
“Trata-se de um tema muito complexo e multifacetado”, acrescentou.
Ele afirmou que Putin e Trump não assinarão nada no Alasca: “Não é esperado. Nada foi preparado. Dificilmente poderá haver um documento”.
Putin “explicará os acordos e entendimentos alcançados” em entrevista coletiva junto com Trump, disse o porta-voz.
O ditador russo elogiou os esforços “enérgicos e sinceros” dos EUA para pôr fim aos combates na Ucrânia, na véspera da reunião no Alasca.
“Os EUA estão, na minha opinião, fazendo esforços muito enérgicos e sinceros para pôr fim às ações militares e à crise” na Ucrânia, disse Putin no início de uma reunião extraordinária com funcionários de alto escalão do governo e do Kremlin.
Segundo informou hoje o Kremlin, Putin e Trump iniciarão às 16h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira a reunião em uma base militar no Alasca.
Primeiro, haverá um “cara a cara” entre os dois, aos quais se juntarão depois delegações compostas por cinco funcionários de alto escalão.
Como já havia sido antecipado pela Casa Branca, a reunião será realizada na base militar Elmendorf-Richardson, perto da capital do Alasca, Anchorage.
Fonte: Gazeta