O ditador russo, Vladimir Putin, aterrizou nesta sexta-feira (15) na Base Aérea Elmendorf, no Alasca, onde foi recebido pelo presidente americano, Donald Trump para discutir formas de encerrar a guerra na Ucrânia. Após os primeiros cumprimentos, ambos seguiram para a limousine oficial da Casa Branca, conhecida como “A Besta”.
A atitude é considerada incomum, sobretudo pelo fato de Moscou estar guerreando contra um país apoiado pelos EUA. No passado, quando Trump quis que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, entrasse na “Besta”, seus assessores o convenceram do contrário.
Como é “a Besta”?
Modificado e de produção exclusiva da General Motors, a Besta é um Cadillac blindado com vidros capazes de suportar munições do mais alto calibre, de rifles e fuzis de alta precisão. Especialistas apontam que sua blindagem é composta por uma camada de pelo menos 30 centímetros de proteção, podendo suportar inclusive, explosivos.
As portas são de fechamento hermético, isto é, totalmente fechadas, impedindo a passagem de ar, água, poeira, com o objetivo de evitar um possível ataque químico e o interior do veículo conta com tanques de oxigênio.
Os pneus da Besta são projetados para seguir rodando mesmo em caso de furos ou danificações por elementos externos, para garantir assim, uma fuga com sucesso em caso de ataques. No interior da limousine há uma bolsa de sangue do presidente em um compartimento refrigerado, para eventuais emergências.
O carro também conta com um sistema de comunicação totalmente seguro, com telefones irrastreáveis e interceptáveis. Segundo o ex-presidente democrata Barack Obama (2009-2016), é possível mobilizar um submarino nuclear a partir de uma ligação dos dispositivos celulares disponíveis na Besta.
O tamanho do veículo faz com que haja desafios logísticos em viagens de Estado. Normalmente, a Casa Branca envia o veículo em aviões militares de carga antes mesmo do embarque do mandatário — para que o carro já esteja no local quando o presidente chegar. O transporte é caro e planejado com antecedência pela alta cúpula do Serviço Secreto.
A blindagem, faz com que seu peso seja um veículo difícil de ser manobrado, e normalmente, suas peças como freios, transmissão e pneus acabam por serem desgastados com facilidade, fazendo com que frequentemente tenha que passar por manutenção de alto custo.
Mesmo com o carro tendo ampla proteção, a limousine nunca anda sozinha e é sempre escoltada por outros veículos — algo conhecido como “Motorcade” presidencial — para reforçar os protocolos de segurança. Somado à proteção, uma ambulância também integra o comboio para o caso de uma emergência médica.
Antes do presidente entrar no veículo para fazer o trajeto planejado, o Serviço Secreto impõe que outro carro faça o caminho minutos antes, como mais um protocolo de proteção presidencial. Após, os batedores são chamados e abrem o caminho do carro do chefe da Casa Branca.
Os carros do comboio, geralmente SUVs, que auxiliam o veículo presidencial também contam com proteções, como: domos no teto capazes de, se necessário, desativar qualquer explosivo de detonação remota, seja por sinal de rádio ou telefone.
Dentro dos veículos, estão tropas altamente treinadas, do Serviço Secreto, que carregam armamentos de última geração e de alta precisão.
Fonte: Gazeta