Antes do início da partida que valia o troféu da Supercopa, entre o clube francês Paris Saint-Germain e o inglês Tottenham, nesta quarta-feira (13), a Uefa (Associação de futebol da Europa) exibiu uma faixa gigante na qual, sem mencionar o país, enviou uma mensagem atribuída a Israel sobre o conflito com o grupo terrorista Hamas: “Pare de matar crianças, pare de matar civis”.
A Uefa não especificou diretamente que a mensagem era dirigida a Israel, a associação ocorreu em razão de, somada a mensagem, duas crianças refugiadas da Faixa de Gaza, Tala e Mohamed, terem sido selecionadas para fazer parte da cerimônia de premiação. Durante a entrada dos jogadores no gramado, a faixa ficou em primeiro plano na área do banco de reservas.
Israel trava um conflito com o grupo palestino após os terroristas, no dia 7 de outubro de 2023, terem invadido Israel por céu, terra, e mar, vitimando pelo menos 1200 israelenses e sequestrando mais de 250.
Embora o território israelense esteja no Oriente Médio, o país é membro da organização europeia de futebol em razão de muitas nações do mundo árabe e muçulmana frequentemente se recusarem a disputar partidas com Israel.
Nos anos 50, quando Israel era membro da Confederação Asiática de Futebol (AFC), Turquia, Indonésia e Sudão se recusaram a jogar contra a nação nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958.
Em 1974, Israel foi expulso da AFC por meio de uma resolução apresentada pelo Kuwait: 17 estados-membros votaram a favor, 13 contra e seis abstenções.
Após polêmica, a seleção israelense só pôde participar de competições da FIFA (Federação Internacional de Futebol Association), que organiza as Copas do Mundo, após permissão especial, em torneios classificatórios de outras confederações continentais. De 1976 a 1994, times israelenses participaram da Copa Intertoto, uma competição europeia de verão, à época, financiada pela indústria de apostas.
Em 1991, a Uefa permitiu que a seleção israelense competisse na confederação europeia. A partir de 1992, clubes israelenses também passaram a disputar competições da Europa.
Em 1994, a UEFA tornou Israel um membro pleno, em vez de apenas um membro associado.
Fonte: Gazeta