O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou nesta terça-feira (12) uma carta à direção da Universidade George Washington (GWU, na sigla em inglês), localizada na capital americana, estabelecendo um prazo para que a instituição resolva de forma “voluntária” problemas detectados pela gestão do republicano.
No documento, o Departamento de Justiça (DOJ) informou que concluiu uma investigação sobre a resposta da GWU a “incidentes de discriminação e assédio antissemita contra estudantes judeus e israelenses”.
“O departamento considera que, apesar do conhecimento real dos abusos ocorridos em seu campus, a GWU foi deliberadamente indiferente às denúncias recebidas, à má conduta ocorrida e aos danos sofridos por seus alunos e professores”, afirmou o DOJ na carta.
O departamento informou no documento que planeja tomar ações contra a universidade com base na legislação federal sobre direitos civis, mas ofereceu “a oportunidade de firmar um acordo de resolução voluntária para garantir a remediação imediata desses problemas e reformas relacionadas para prevenir a recorrência de discriminação, assédio e abuso”.
O DOJ estabeleceu que a direção da universidade deve dar uma resposta até 22 de agosto. A GWU, cujo campus teve grandes protestos no ano passado contra Israel devido à guerra em Gaza, ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Trump tem bloqueado verbas e investigado universidades, argumentando que essas instituições foram coniventes com o antissemitismo ou praticaram outras formas de discriminação. Em alguns casos, acordos com altos valores estão sendo firmados para que as universidades voltem a receber recursos federais.
Na semana passada, a imprensa americana informou que o governo Trump está buscando um acordo de US$ 1 bilhão com a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).
Antes, foram assinados compromissos com a Universidade Brown, do estado de Rhode Island, no valor de US$ 50 milhões em subsídios a serem pagos pela instituição para organizações de desenvolvimento de mão de obra, e com a Columbia, de Nova York, que pagará US$ 200 milhões ao Tesouro dos EUA ao longo de três anos e mais US$ 21 milhões para encerrar investigações da Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego dos EUA, segundo informações da CNN.
Fonte: Gazeta