Pouco mais de seis meses após retornar à Casa Branca, o presidente Donald Trump mudou completamente o rumo da política e da economia global, baseando-se no lema “América em Primeiro Lugar”, o mesmo de seu primeiro mandato (2017-2021).
Desde janeiro, o republicano instaurou políticas para alinhar o país a valores que considera mais necessários para recuperar o status de imponência americana. Trump retomou a repressão à imigração ilegal, deportando milhares de estrangeiros que residiam sem o consentimento do governo; impôs tarifas globais a parceiros estrangeiros – o Brasil recebeu o imposto mais alto por razões políticas e de liberdade de expressão; e tem acumulado alguns êxitos em mediar conflitos internacionais.
Essas medidas têm atraído popularidade para Trump em meio a aliados partidários, que já apresentaram diferentes propostas para homenageá-lo em símbolos nacionais ao lado dos grandes presidentes da história americana.
Homenagem na nota de US$ 100
Em abril, o deputado republicano Brandon Gill (representante do Texas) apresentou uma proposta de lei para substituir o nome e a imagem de Benjamin Franklin na nota de US$ 100, em circulação ampla no país desde 1914. A homenagem ao pai fundador dos Estados Unidos seria substituída por uma de Trump.
Alterações em notas bancárias são raras, mas já aconteceu na história do país. Em 1929, o presidente Andrew Jackson substituiu o presidente Grover Cleveland na nota de US$ 20.
Uma medida semelhante foi apresentada pelo deputado Joe Wilson, da Carolina do Sul. A diferença é que o congressista propôs a criação de uma nova nota, de US$ 250, com o rosto do presidente Donald Trump. Atualmente, uma lei federal que remonta a 1866 proíbe o uso da imagem de uma pessoa viva na moeda americana.
Rosto no Monte Rushmore
Desde o primeiro mandato, Trump manifesta o desejo de estampar o Monte Rushmore ao lado de outros presidentes da história americana.
A atual secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, à época governadora da Dakota do Sul, chegou a presenteá-lo com uma maquete que incluía seu rosto no monumento emblemático dos EUA.
Em janeiro, a deputada republicana Anna Pauline Luna, da Flórida, apresentou um projeto de lei nesse sentido. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Recursos Naturais da Câmara, que ainda não se pronunciou sobre a possibilidade.
O icônico Monte Rushmore, localizado no memorial nacional na Dakota do Sul, conta com o rosto de quatro ex-presidentes dos EUA: George Washington, Thomas Jefferson, Abraham Lincoln e Theodore Roosevelt.
Renomear o Kenneth Center e a Ópera da Casa Branca
Outro projeto de lei que é analisado na Câmara dos Representantes diz respeito a renomear o Kenneth Center em homenagem ao presidente Donald Trump e sua casa de ópera em homenagem à primeira-dama Melania Trump. A medida foi patrocinada pelo deputado de Idaho Mike Simpson.
No mês passado, a proposta relacionada a Melania recebeu o aval em uma comissão de maioria republicana. Os congressistas justificaram na ocasião que seria uma forma de reconhecer seu apoio e compromisso com as artes.
A medida agora faz parte da legislação fundamental para financiar o Departamento do Interior, mas ainda precisaria ser aprovada pela Câmara e pelo Senado para se tornar lei.
No dia seguinte à aprovação da emeda na comissão, o deputado republicano Bob Onder, do Missouri, apresentou o projeto de lei intitulado “Make Entertainment Great Again Act” para renomear todo o centro como “Donald J. Trump Center for Performing Arts“. A Câmara ainda não tomou nenhuma medida a respeito da sugestão.
Três ex-membros do conselho do Kennedy Center disseram à NBC News que a lei que criou o centro proibia que qualquer uma das instalações fosse renomeada, com exceção do Teatro Eisenhower, em homenagem ao presidente cujo governo autorizou sua construção pela primeira vez em 1958.
Fonte: Gazeta