A Organização dos Estados Americanos (OEA) confirmou nesta quarta-feira (6) que o regime de Nicolás Maduro praticou fraude eleitoral e segue violando de forma contínua os direitos humanos na Venezuela. Em relatório, feito pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), a organização apontou que a ditadura venezuelana se recusa a divulgar os resultados oficiais das eleições presidenciais que foram realizadas em 2024, o que impede e oculpa a confirmação da vitória da plataforma opositora.
Além de ocultar os dados eleitorais, o documento denuncia a intensificação da repressão estatal contra manifestantes e opositores de Maduro. Segundo a CIDH, milhares de pessoas ainda estão sendo presas arbitrariamente na Venezuela, e essas prisões se intensificaram após as eleições de 2024. Entre os detidos estão adolescentes e civis de baixa renda. O órgão também destacou que, entre os mortos durante os protestos contra a fraude eleitoral que ocorreram no país, praticamente todos são civis e, até agora, apenas uma vítima pertencia às forças de segurança.
A OEA chamou atenção para casos de detenções arbitrárias prolongadas, desaparecimentos forçados e relatos de maus-tratos a presos políticos, muitos dos quais seguem sem acesso a advogados ou familiares. O relatório ainda alerta para o avanço do autoritarismo e o desmantelamento das instituições democráticas no país.
Diversos países das Américas, como Estados Unidos, Argentina, Canadá e outros, aproveitaram a sessão para condenar abertamente o regime de Maduro e defender novas sanções contra a ditadura chavista. Por outro lado, os representantes do governo brasileiro que estavam presentes na sessão evitaram realizar críticas contra o regime de Maduro, alegando respeito à soberania venezuelana.
Fonte: Gazeta