O ródio é o metal mais caro do mundo e é do mesmo grupo da platina, mas muito mais raro e valioso. Seu preço, que supera o valor do ouro, da platina e até do diamante, é alto porque não pode ser extraído de minas, sendo um subproduto do refino de outros metais.
O elemento metálico branco-prateado tem alto nível de reflexão e é fortemente resistente à corrosão. Isso o torna uma mercadoria procurada por muitos setores industriais, em especial o automotivo.
O preço do ródio tem sofrido flutuações significativas, com um aumento muito grande desde 2019. Seu valor por grama superou US$ 163 no mês de julho, o que dá mais de R$ 800 em valores brasileiros. Entretanto, devido à grande variação, o valor pode ser até cinco vezes maior.
Para se ter ideia, o valor atual do ouro é cerca de US$ 100 o grama, aproximadamente R$ 600, segundo a Trading Economics.
Como o ródio foi descoberto?
O ródio é um dos seis metais do grupo da platina (MGP), juntamente com a própria platina, o paládio, o ósmio, o irídio e o rutênio. Ele foi descoberto em 1803, pelo químico inglês William Hyde Wollaston, que o extraiu de uma fração de platina da América do Sul.
Seu nome deriva da palavra grega “rhodon”, que significa rosa, uma referência à cor avermelhada dos sais do metal. A ocorrência do ródio na crosta terrestre é de aproximadamente 0,000037 partes por milhão, o que o torna muito raro e difícil de extrair.
A maior parte do fornecimento de ródio vem da África do Sul, que responde por mais de 85% do fornecimento global deste metal. Outro produtor muito importante é a Rússia, com o resto do mundo contribuindo com apenas uma pequena fração da produção.
Ele é extraído principalmente como subproduto da mineração de platina e do paládio ou do níquel, e não existe uma mina primária de ródio. Por tudo isso, é possível investir em ródio, mas especialistas recomendam os Fundos com Negociação em Bolsa (ETFs), nos quais se pode aplicar em um fundo cujo valor está atrelado ao ródio.
Como funciona o fornecimento do metal mais caro do mundo?
O fornecimento de ródio tem dificuldades em ajustar a produção de acordo com a demanda. Isso acontece pela extrema raridade do conteúdo do metal na crosta terrestre e pelos desafios na sua mineração e extração.
Além disso, fatores geopolíticos na África do Sul e na Rússia, como guerras e distúrbios sociais, também podem representar impacto no fornecimento de ródio, tornando-o ainda mais precioso. Esta combinação da demanda alta e das dificuldades no seu fornecimento conspiram para um valor cada vez mais elevado.
Aplicações do ródio: em que o metal pode ser usado?
O principal uso do ródio, o metal mais caro do mundo, é em conversores catalíticos automotivos, que reduzem a quantidade de óxidos de nitrogênio (NOx) emitidos na atmosfera pelos gases de escape. Portanto, é estratégico na contenção das transformações do clima. Em 2019, quase 90% da demanda por ródio veio do setor de catalisadores automotivos.
O ródio é excepcionalmente eficaz na conversão de NOx em gases inofensivos, tornando-o o metal preferido para o controle de NOx e muito estratégico no processo de redução das emissões de carbono da economia.
Fonte: Gazeta