O Senado americano aprovou um antigo advogado do presidente Donald Trump, Emil Bove, como juiz vitalício no Tribunal de Apelações para o 3º Circuito, responsável por supervisionar casos de Delaware, Nova Jersey e Pensilvânia.
O ex-promotor federal no Distrito Sul de Nova York atuou no julgamento do mandatário em Nova York, no ano passado, no qual Trump foi considerado culpado em 34 acusações de fraude contábil visando ocultar o pagamento de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels, com quem teria tido um romance antes de seu primeiro mandato. Bove integrou a equipe jurídica de Trump nesse processo estadual e em duas ações criminais no âmbito federal.
A votação ficou em 50 votos favoráveis contra 49, com forte rejeição dos democratas e alguns republicanos – as senadoras republicanas Lisa Murkowski, do Alasca, e Susan Collins, do Maine, se aliaram aos democratas na votação. Os opositores citaram em suas justificativas a posição de Bove em relação ao caso de corrupção contra o prefeito de Nova York, Eric Adams, que ele rejeitou na ocasião em que era um alto funcionário do Departamento de Justiça.
Eles também criticaram seus esforços para investigar funcionários do departamento envolvidos nas ações contra centenas de apoiadores de Trump que participaram do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Na ocasião, ele classificou as autoridades do FBI como “insubordinados” por não divulgarem os nomes desses funcionários.
O ex-promotor e advogado de Trump foi questionado na audiência de confirmação sobre sua relação com o presidente americano atualmente. Bove, de 44 anos, rejeitou qualquer alegação de que é um “capanga” do líder da Casa Branca. A declaração surgiu após Dick Durbin, um democrata antigo no Comitê Judiciário, afirmar que “a principal qualificação do Sr. Bove seria sua lealdade cega a este presidente”.
Antes da audiência, o presidente do Comitê Judiciário, Chuck Grassley, afirmou que “ele [Bove] tem sólida formação jurídica e serviu seu país com honra. Acredito que ele será um jurista diligente, competente e justo”.
Desde o início do segundo mandato de Trump, o ex-promotor atua como procurador-geral adjunto principal do Departamento de Justiça dos EUA.
Fonte: Gazeta
