O Departamento de Estado americano divulgou um comunicado nesta segunda-feira (28) criticando uma conferência da ONU programada para discutir a criação de um Estado palestino.
A porta-voz da pasta, Tammy Bruce, classificou a proposta como um golpe publicitário que encoraja as atividades do Hamas. “Trata-se de um golpe publicitário que ocorre em meio a delicados esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito. Longe de promover a paz, a conferência prolongará a guerra, encorajará o Hamas e recompensará sua obstrução, minando os esforços reais para alcançar a paz”, disse.
Bruce destacou uma declaração do secretário de Estado, Marco Rubio, na semana passada, sobre a reunião das Nações Unidas. “Como o Secretário Rubio deixou claro, este esforço é um tapa na cara das vítimas de 7 de outubro e uma recompensa para o terrorismo. Mantém reféns presos em túneis. Os Estados Unidos não participarão deste insulto, mas continuarão a liderar esforços concretos para pôr fim aos conflitos e alcançar uma paz permanente”.
No comunicado, a porta-voz disse que os Estados Unidos continuarão focados na diplomacia no Oriente Médio para tentar encerrar o longo conflito. “Nosso foco continua na diplomacia séria e não em conferências encenadas, projetadas para fabricar uma aparente relevância”, ressaltou.
Ainda, o governo de Donald Trump voltou a criticar o presidente da França, Emmanuel Macron, um dos idealizadores da conferência da ONU, dizendo que o anúncio sobre o reconhecimento de um Estado palestino pode ser considerada uma “vitória” para o Hamas, mas não resolve a situação no Oriente Médio.
“Isso reflete um padrão de gestos contraproducentes que apenas encoraja o Hamas, incentiva sua obstrução ao cessar-fogo e prejudica enormemente nossos esforços diplomáticos para acabar com o sofrimento em Gaza, libertar os reféns e conduzir todo o Oriente Médio em direção a um futuro mais brilhante e próspero”, concluiu.
Estados Unidos e Israel boicotaram a reunião com dezenas de ministros na ONU, nesta segunda-feira, evento organizado por França e Arábia Saudita para discutir o reconhecimento de um Estado palestino.
Na semana passada, Trump minimizou o anúncio de Macron sobre a intenção da França de reconhecer oficialmente um Estado palestino.
“(Macron) é um cara diferente. É um bom cara. É um jogador de equipe, basicamente. Mas aqui está a boa notícia: o que ele disser não importa. Não vai mudar nada”, declarou o líder da Casa Branca a jornalistas na sexta-feira (25).
“Ele fez uma declaração. A declaração dele não tem peso. Ele é muito bom. Gosto dele, mas essa declaração não me convence”, completou o republicano sobre o assunto.
Fonte: Gazeta