O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está preparando uma declaração de emergência como nova base legal para impor tarifas sobre o Brasil, relatou nesta sexta-feira (25) a agência Bloomberg, citando como fontes pessoas informadas sobre o assunto que não foram identificadas na reportagem.
Segundo a matéria, ainda não há uma decisão final sobre a medida, que estaria sendo avaliada como necessária para impor a taxa de 50% sobre importações de produtos do Brasil ameaçada por Trump, já que os Estados Unidos têm superávit comercial com o país sul-americano.
Uma das fontes da Bloomberg disse que representantes do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos informaram sobre os planos para uma declaração de emergência separada, relacionada ao Brasil, em reuniões com funcionários do Congresso americano esta semana.
No chamado Dia da Libertação, em 2 de abril, Trump impôs taxas sobre produtos importados de 184 países e territórios e da União Europeia (UE) com base numa declaração de emergência nacional, o que foi contestado nos tribunais.
Desde então, a gestão Trump tem realizado reuniões com governos de outros países para baixar as taxas anunciadas. Esta semana, anunciou acordos com Japão, Filipinas e Indonésia.
Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 9, Trump anunciou que pretende impor uma sobretaxa de 50% na importação de produtos brasileiros a partir de 1º de agosto e alegou que o ex-presidente Jair Bolsonaro é vítima de perseguição judicial no julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), por acusações de uma suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.
Também afirmou que decisões “secretas e ilegais” do ministro do STF Alexandre de Moraes relativas a big techs americanas representaram ataques à liberdade de expressão de cidadãos americanos e que o Brasil adota práticas comerciais injustas contra os Estados Unidos.
Dias depois, o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos anunciou que iniciou uma investigação sobre práticas comerciais do Brasil.
Fonte: Gazeta
